O lucro líquido da CPFL Energia cresceu 27,4% de abril a junho deste ano contra o mesmo período do ano passado, passando de R$ 450 milhões para R$ 574 milhões. De acordo com balanço financeiro divulgado ao mercado na manhã desta quarta-feira (14), o lucro líquido relativo ao primeiro semestre do ano ficou em R$ 1,144 bilhão, 31,6% acima dos R$ 870 milhões reportados na primeira metade do ano de 2018. O ebitda entre os dois trimestres cresceu 9,9% – de R$ 1,370 bilhão em 2018 para R$ 1,505 bilhão em 2019 –, enquanto na comparação do semestre do ano passado frente ao atual o salto foi de 11% – de R$ 2,736 bilhões para R$ 3,036 bilhões.

Houve melhora na receita operacional líquida. No segundo trimestre a elevação foi de 1,3%, passando de R$ 6,945 bilhões em 2018 para R$ 7,036 billhões em 2019. Já no semestre, a rubrica aumentou 6,3%, saindo de R$ 13,320 bilhões no ano passado para R$ 14,164 bilhões neste ano. Na análise trimestral, contribuíram para o desempenho o aumento de R$ 125 milhões na receita do segmento de distribuição, a elevação em R$ 31 milhões na receita de serviços e os R$ 27 milhões a mais na receita de geração convencional. Os custos e despesas operacionais atingiram R$ 1,761 bilhão no segundo trimestre, comparado ao R$ 1,520 bilhão do ano passado.

O balanço mostra uma redução de quase 30% na dívida líquida entre os dois trimestres, de R$ 15,651 bilhões em 2018 para R$ 10,964 bilhões em 2019. Com isso, a alavancagem (dívida líquida/ebitda) ficou em 1,93 vezes no segundo trimestre deste ano, relação 37,9% inferior se comparada a do ano passado. Os investimentos da holding de abril a junho ficaram em R$ 521 milhões – salto de 23,5%. Os recursos foram concentrados em ampliações e reforços do sistema elétrico, em melhorias na manutenção do sistema e em infraestrutura operacional, além de investimentos em serviços de atendimento aos clientes e de programas de pesquisa e desenvolvimento.

Vendas de energia e capacidade instalada

A variação do consumo de energia nas áreas de concessão das distribuidoras da holding foi negativa de 0,8% entre o segundo trimestre deste ano e o do ano passado, totalizando 16.626 GWh de abril a junho. Enquanto as vendas no mercado cativo (11.021 GWh) cairam 2,3%, as dos clientes livres (5.604 GWh) cresceram 2,5%. Houve quedas nas vendas para a indústria, de 0,9% (6.235 GWh), em razão da atividade econômica fraca; e para as residências, de 1% (4.801 GWh), atrelada ao aumento das temperaturas no Sul em junho, reduzindo a necessidade de consumo para calefação. No comércio, as vendas aumentaram 0,5% (2.792 GWh).

A capacidade instalada de geração do Grupo CPFL Energia, considerando a participação detida pela holding em cada um dos projetos presentes em carteira, totaliza atualmente 3.307 MW, dos quais 61% são de grandes e médias usinas hidrelétricas, 21% de parques eólicos e 7% de pequenas centrais hidrelétricas. Essa capacidade instalada total considera a participação societária de 53,18% que a CPFL Energia detém na CPFL Renováveis. A subsidiária conta atualmente com 2.133 MW de capacidade instalada em operação e 97 MW de capacidade em construção, além de 2.903 MW de projetos eólicos, solares e de PCHs em fase de desenvolvimento.