A próxima aprovação para emissão de debêntures de infraestrutura na área de gás natural será para um projeto de exploração e produção de gás natural e terra. De acordo com o secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Marcio Félix, a aprovação como projeto prioritário deve acontecer na próxima semana. A aprovação para projetos pelo MME permite que se faça a emissão dos papéis. A primeira aprovação foi no julho, para a distribuidora Paulista Comgás.

Ainda de acordo com o secretário, a expectativa é que no próximo leilão A-6 se repitam os anos anteriores, quando foram viabilizados projetos de players como GNA, Shell e Golar. Ele destacou a alteração feita esse ano que retirou regra que limitava UTEs de maior porte de viabilizar projetos quando o montante de energia que faltava para entrar fosse baixo. A expansão de projetos existentes também traz mais chances para a viabilização. “Tem espaço para térmica de grande porte. Vamos ver como vai ser a competição”, avisa.

Os estados que já estão se ajustando ao novo mercado de gás poderão levar vantagem na viabilização de projetos no certame. Rio de Janeiro e Sergipe já estão se adequando. Conversas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul sobre o gás da Bolívia também podem progredir e ter fatos novos. “Podemos ter surpresa no leilão”, avisa Félix.

Para o secretário, há espaço para mudanças no A-6, como vem sendo pedido por alguns agentes, mas que a competição será forte no certame. “Vamos ver o jogo do leilão. Quem não entrar agora com uma térmica grande, vai ter mais dificuldade”, observa. Ele ressaltou ainda que a tecnologia está mudando, o que vem proporcionando que vários países viabilizem projetos a gás de menor porte.