A Celesc reportou um lucro líquido de R$ 53,2 milhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 23,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos seis primeiros meses de 2019 os ganhos também recuaram, mas de 15%, para R$ 119,1 milhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também seguiu a mesma tendência, ficou em R$ 158 milhões no trimestre, um valor 14,7% menor e 4,6% a menos na comparação semestral, para R$ 359,3 milhões.
A companhia explicou que essa performance reflete os esforços empreendidos em serviços de manutenção e conservação das redes elétricas, com incremento dos investimentos realizados e reforço das equipes de atuação, que contaram com mais 250 profissionais em campo. Inclusive, com a criação de equipes exclusivas para combate ao furto e fraude no consumo de energia, tendo neste primeiro semestre de 2019, 16 equipes exclusivas atuando na fiscalização de unidades consumidoras.
A Receita Operacional Líquida, que exclui a receita de construção somou R$ 1,6 bilhão, queda de 12% ante o reportado um ano antes. Nos seis meses de 2019 essa linha do balanço é positiva em 3,1%, com R$ 3,7 bilhões.

O consumo de energia aumentou na área de concessão. Entre os meses de abril e junho ficou em 2,6% e em 5,3% na comparação com o acumulado no ano. O consumo na classe residencial ficou negativo em 0,8% no trimestre e cresceu 8% no semestre, na comercial aumentou 2,5% no trimestre e 6,5% no ano e na industrial expansão de 5,1% no trimestre e 4% no de janeiro a junho.
Em termos de indicadores de qualidade, o DEC ficou em 5,7 horas nos seis meses de 2019, aumento ante as 5,3 horas do mesmo período do ano passado. O limite estabelecido pela Aneel para esse item no ano é de 11,2 horas. Já o FEC também aumentou, para 3,8 vezes ante as 3,6 vezes no período de janeiro a junho de 2018. O limite no ano é de 8,9 vezes.
Os investimentos em geração e distribuição somaram R$ 136,7 milhões no trimestre, desse montante R$136,2 milhões em distribuição e R$ 500 mil em geração. Esse volume é 16,9% superior aos investimentos realizados no segundo trimestre de 2018. No  acumulado de 2019 os aportes chegaram a R$ 259 milhões, 16,1% a mais do que o realizado nos seis primeiros meses de 2018, quando ficou em R$223,2 milhões.
O grupo encerrou o semestre com dívida bruta consolidada de R$ 1,54 bilhão. Já a dívida líquida estava em R$ 778,5 milhões. A alavancagem da companhia estava ao final de junho em  1,3x a relação entre o resultado ebitda sobre a dívida líquida. O estatuto da companhia permite um endividamento de duas vezes e o mercado até 3,5 vezes essa relação.