A Eletrobras deverá extinguir 25 sociedades de propósito específico que perderam seu objeto de existência ainda este semestre. Entre eles projetos eólicos e SPEs que datam da olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. Segundo o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, essa medida não deverá ter impacto significativo sobre a empresa porque, no caso das eólicas, a empresa participou do leilão de descontratação que o governo federal promoveu cerca de dois anos atrás.

“Estamos decidindo encerrar as SPEs porque os projetos não se viabilizaram então não faz mais sentido manter”, disse o executivo em reunião com analistas e investidores promovida pela Apimec-SP nesta quinta-feira, 15 de agosto.

Nesse processo de reduzir o número de empresas e enxugar a estrutura da companhia apontou o presidente da Eletrobras a empresa já passou de 178 SPEs para 147 e tem mais 10 em processo de transferência. Há outras 41 para vender sendo 39 no processo de alienação anunciado semana retrasada pela estatal. Há ainda 14 incorporações como a Eletrosul e a CGTEE no sul do país e a Amazonas GT com a Eletronorte na região onde atuam. “Ao final em 2020 deveremos ter 57 SPEs ao invés das 178 que tínhamos anteriormente”, afirmou ele.

Além disso, das obras que a empresa vem tocando apenas a usina termonuclear de Angra 3 que não será terminada este ano. A previsão é de que daqui para o final do ano a UHE Belo Monte (PA, 11.233 MW) seja acrescida de uma nova UG por mês e seja terminada em novembro. Além disso, há ainda a UHE Sinop (MT, 400 MW), em fase de comissionamento.