O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou a intenção de privatizar a Eletrobras em seminário de Gás Natural do IBP realizado no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 15 de agosto. Além da estatal do setor elétrico, ele também citou outras que devem ser vendidas ou fechadas, como os Correios e a EPL. De acordo com Guedes, a estatal apesar do lucro recente no último trimestre, deveria fazer um investimento de R$14 bilhões e ele vai ficar em torno de R$ 4 bilhões. “Para crescer, nós precisamos de investimento privado forte, o que não é compatível com os monopólios que o estado tinha”, afirma.
No primeiro semestre do ano, a Eletrobras investiu R$ 1,1 bilhão. O Plano de Negócios deste ano sinaliza que eles deveriam ter sido de R$ 5,7 bilhões. No semestre, ela deixou de investir R$828 milhões, entre conclusão de parques eólicos, linhas de transmissão e manutenções de usinas. A expectativa é que no segundo semestre os investimentos aumentem.
Para o ministro, as estatais perderam a sua capacidade de financiamento e investimento, ficando para trás. Ele citou a Petrobras, que segundo ele, quase faliu e foi destruída pelos governos anteriores. “Ela está agora em um esforço de recuperação, mas frente aos US$ 600 bilhões que tem para extrair do pré-sal, ela não tem essa capacidade de investimento”, aponta. Guedes não escondeu que também gostaria de privatizar a Petrobras. Durante seu discurso, Guedes chegou a brincar com o presidente Roberto Castelo Branco, que na velocidade que as coisas iam, eles poderiam privatizá-la.
Segundo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro hoje é um grande entusiasta e aliado das privatizações, chegando também a brincar com Salim Mattar, chefe do programa de privatizações do governo, porque estatais não estava sendo vendidas ou fechadas. “Salim diz que agora o maior apoiador que ele tem no governo não é Paulo Guedes, mas sim Jair Bolsonaro”, conclui.