A Cemig já começou a negociar com o governo federal a possibilidade de renovação das outorgas de três usinas cujos contratos vencem entre 2024 e 2025. De acordo com o presidente da estatal, Cledorvino Belini, a companhia quer evitar a repetição do que ocorreu no passado quando da MP 579 que levou à perda de cerca de 60% da capacidade de geração da empresa àquela época, bem como uma discussão judicial prolongada. As UHEs nessa situação são Emborcação (1.192 MW), Nova Ponte (510 MW) e Sá Carvalho (78 MW).
“Estamos trabalhando com o MME e Aneel na mesma linha de Copel e CEEE justamente com o propósito da outorga antecipada”, apontou ele em entrevista coletiva sobre os resultados da empresa no primeiro semestre do ano. Belini explicou que a ideia passaria pela privatização desses ativos nos moldes do que foi feito no passado com a Cesp e a UHE Porto Primavera onde houve a prorrogação do contrato mediante privatização. Nesse caso, disse o executivo, a empresa trabalharia com a venda de 51%. “Seguimos nesse caminho, mas depende da assembleia legislativa, mas vejo com muita facilidade a discussão, uma vez que conversando com o deputado líder da oposição na assembleia, ele mesmo citou essa alternativa”, completou ele.
Aliás, o governo de Minas Gerais deverá entregar em breve a proposta de privatização da Cemig à ALMG como parte de um pacote para o saneamento das contas públicas. A intenção do governador Romeu Zema (Novo) é a de venda total da empresa.