O custo com o consumo de eletricidade representou o maior impacto para o aumento 1,42% do grupo “habitação” no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A variação do item energia elétrica na prévia da inflação mensal – abarcando os primeiros 15 dias deste mês – foi de 4,91%, contra uma alta de 1,13% verificada na primeira metade de julho.

A forte alta, de acordo com o IBGE, deve-se principalmente à adoção da bandeira vermelha (patamar 1) nas contas de luz em agosto, cujo ônus é de R$ 4 para cada 100 kWh consumidos. Em julho, estava vigente no país a bandeira amarela, que representa um acréscimo de R$ 1,50 por 100 kWh gastos.

Todas as regiões pesquisadas apresentaram altas no custo com energia elétrica na primeira parte de agosto. As variações, segundo o IBGE, vão desde o aumento de 2,64% registrado em Goiânia até os 7,51% verificados em São Paulo, onde houve reajuste de 7,03% na Enel SP, em vigor desde 4 de julho. Em Belém, cuja variação foi de 2,87%, também houve reajuste nas tarifas de 1,94%, vigentes desde 7 de agosto.

No índice geral nacional, considerando todos os grupos pesquisados (que incluem, além de habitação, gastos em alimentação e bebidas, vestuário, transporte, saúde, educação, entre outros), o IPCA-15 de agosto variou 0,08%, ficando próximo dos 0,09% registrados em julho. A taxa de agosto é a menor registrada neste mês desde 2010. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,51% e, em 12 meses, de 3,22%.