A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou os ratings de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local ‘BB’ e ‘BBB-‘ da Taesa, assim como o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ da companhia e de suas emissões de debêntures seniores sem garantia. A Perspectiva dos ratings corporativos é Estável.

Segundo a análise, as classificações refletem o baixo risco de negócio da Taesa, em função de sua forte e diversificada carteira de ativos de transmissão de energia, robusta geração de fluxo de caixa das operações (CFFO), receitas previsíveis e margens operacionais elevadas. Além disso, nenhuma das 36 concessões das quais a empresa participa expira antes de 2030, o que dá sustentabilidade a suas operações.

O parecer da agência também incorpora a expectativa da Fitch de que a companhia manterá perfil de baixa alavancagem e adequada liquidez, apesar de um aumento de investimentos e pagamentos de dividendos que pode resultar em fluxo de caixa livre (FCF) negativo em 2020 e 2021. O IDR em Moeda Estrangeira da empresa é limitado pelo teto-país do Brasil, e a agência considera a diferença de três graus entre o IDR em Moeda Local e o IDR soberano (‘BB-‘ (BB menos)/Perspectiva Estável) apropriada para um setor regulado.

A avaliação não é limitada pela qualidade de crédito de um de seus acionistas, a Cemig, visto seu controle ser compartilhado com a Interconexión Eléctrica S/A E.S.P. (Isa), com o acesso ao caixa se limitando a dividendos. A Fitch considera risco regulatório do setor brasileiro de energia de baixo a moderado e os riscos associados à fase de construção de nove projetos atualmente em desenvolvimento, administráveis.

A Perspectiva Estável dos índices baseia-se na perspectiva do rating soberano. Além disso, a Fitch não prevê alteração significativa no perfil de risco das companhias de transmissão de energia no Brasil e acredita que a Taesa fortalecerá sua já diversificada base de ativos com os investimentos em curso, ao mesmo tempo em que mantém um perfil financeiro sólido quando comparado a seus pares latino-americanos do setor classificados na mesma categoria de rating.

Para a agência, a empresa conseguirá manter seus investimentos e as contribuições de capital necessárias para desenvolver seus projetos em construção, tendo em vista sua forte flexibilidade financeira e a entrada em operação de novos projetos, que será importante para atenuar os efeitos da esperada redução das receitas de algumas concessões.