A Neoenergia tem 1,5 GW de energia para projetos em leilões de energia nova. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Mario Ruiz-Tagle, são 1,1 GW de eólicas e 400 MW de solares. Ele acredita que, no próximo leilão A-6, a demanda será baixa, mas sem espaço para o pessimismo, já que o setor deverá estar pronto para a retomada do mercado. “O Brasil vai sair da situação que está agora e esse crescimento vai exigir do setor elétrico uma reação imediata, não podemos ser os vilões da recuperação”, afirma o executivo, que participou do painel de CEOs do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizado nesta quarta-feira, 28 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ).
Ele vê como tendência a avaliação de projetos para o mercado livre, já que a demanda para o regulado tem se estabilizado e viabilizando a expansão do setor. Na transmissão, a empresa nos últimos leilões arrematou vários lotes. Segundo Tagle, a disponibilização do edital quatro meses antes da sua realização facilita o estudo do projeto, traduzindo-se me disputa no certame. “Vamos participar sempre com foco na estratégia de melhorar nossas áreas de concessão e o desenvolvimento potencial de futuros projetos de eólicas”, explica
Mesmo com a expectativa de privatizações na distribuição e observar as oportunidades , o executivo revelou que a empresa, que no país controla as distribuidoras Celpe (PE), Cosern (RN), Coelba (BA) e Elektro (SP), pretende concentrar os investimentos nas suas áreas de concessão. A sinalização é de foco em crescimento orgânico. Segundo ele, há o desafio no Brasil das áreas serem bem mais desenvolvidas na região Centro-Sul que no Nordeste, onde a maioria das distribuidoras do grupo está. “O recurso primeiro tem que ser focado na rede, se não vamos criar categorias de consumidores que tem uma super informação e uma super tecnologia e lá atrás vai ficar um mundo que nunca vai conseguir se colar a esse”, aponta.