O processo de reforma do modelo do setor elétrico precisa ser acelerado na visão do presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia Elétrica e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, pois os custos do sistema estão crescendo em uma velocidade muito superior ao que se imaginava quando o executivo iniciou esse processo em 2016.

Pedrosa, que foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME) na gestão do ex-ministro Fernando Coelho Filho, disse que os agentes precisam parar de “trabalhar contra” a reforma, pois esse comportamento só aumentará “o tamanho do tombo” quando as mudanças vierem.

“Muito melhor seria acelerar esse processo, construir uma transição em que todo muito se encaixe…. Os custos do sistema estão crescendo muito mais rápidos do que se imaginava”, declarou o executivo nesta quinta-feira, 29 de agosto, durante participação no 16º Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase), realizado pelo Grupo CanalEnergia | Informa Markets, no Rio de Janeiro.

Para Pedrosa, a reorganização é necessária para desmontar um conjunto de mecanismos que mascaram as ineficiências do setor elétrico, com custos cada vez maiores sendo repassados para os consumidores de energia. A correta alocação de custos deverá ser uma premissa básica do processo de reforma setorial.