O volume de pedidos por aerogeradores no mundo cresceu 111% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo um levantamento da consultoria Wood Mackenzie 91% dos pedidos por aerogeradores em termos globais foram feitos na China, Estados Unidos e Brasil. Os pedidos globais no segundo trimestre alcançaram um novo recorde com 31 GW.
Os dois países líderes vêm apresentando recordes seguidos ao passo que os investidores buscam por equipamentos antes de 2020, ano em que serão extintos subsídios em ambos. Na China foram registrados pedidos de mais de 17 GW no trimestre encerrado em julho, um aumento de 267% quando comparado ao volume do mesmo período de 2018. A maior parte veio da região norte para projetos onshore, cinco empreendedores apresentado pedidos de mais de 1 GW no trimestre anterior.
O relatório da consultoria intitulado, “Análise de pedidos globais por aerogeradores: 2T 2019” (na tradução livre do inglês), aponta que a demanda reportada na China e nos Estados Unidos contribuíram com um total de 79 GW ao longo dos últimos 12 meses, apesar da queda de 41% relatada na Europa entre abril e julho.
Além disso, houve pedidos de mais de 3 GW para projetos offshore, cerca de 2 GW mais que no ano anterior e 800 MW de crescimento quando comparado ao primeiro trimestre deste ano. Com isso o backlog por lá é de cerca de 12,5 GW.
A dinamarquesa Vestas continua na liderança entre os fabricantes, tanto no volume trimestral quando semestral. Esse e o quinto trimestre seguido que a empresa mantém essa posição. Segundo a Wood Mackenzie, esse foi o melhor trimestre de um fabricante para um ano.
Na base trimestral após a Vestas aparece a Mingyang, Siemens Gamesa, Goldwind e GE nos primeiros cinco lugares do ranking global, todos com mais de 2,5 GW nos três meses. No período de janeiro a julho são os mesmos fabricantes mas colocações trocadas, além da dinamarquesa em primeiro lugar seguem a Siemens Gamesa, GE, Minguang e Goldwind, todas com mais de 4 GW em pedidos firmes. Oito dos 10 modelos mais vendidos para projetos onshore são fabricados na China por fabricantes daquele país. A Vestas é a única não chinesa com modelos vendidos no top 10.
A consultoria relatou ainda um aumento de preços nos equipamentos em diversos mercados devido à forte demanda por aerogeradores maiores e de maior capacidade que estão chegando ao mercado mundial. Segundo o diretor de Energia e Renováveis nas Américas da Wood Mackenzie, Luke Lewandowski, no Brasil as cotações apresentaram elevação justamente por conta desses novos modelos de maior capacidade que o mercado local tem demandado.