Representantes dos setores de recursos hídricos, elétrico e de navegação concluíram em reunião na terça-feira (03) que é possível manter as condições de navegação da hidrovia Tietê-Paraná até o fim do período seco, em novembro, sem prejudicar a geração de energia hidrelétrica na região. A decisão foi tomada durante reunião da Sala de Crise da hidrovia, realizada na sede da Agência Nacional de Águas.

Em nota, a ANA informou que “as condições mínimas para atendimento da navegação da hidrovia estão garantidas para os próximos meses”, mas a situação será reavaliada na próxima reunião, em 19 de novembro. A avaliação é de que há “equilíbrio entre os volumes de água armazenados nos reservatórios de cabeceira e de jusante (abaixo) das bacias do Grande e do Paranaíba”, o que contribuiu para a situação atual.

Durante a reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico informou que as chuvas acumuladas na bacia do rio Grande no fim de junho atingiram 93% da média histórica, quando no mesmo período do ano passado o volume ficou em 72%. Na bacia do Paranaíba o acumulado ficou em 89% da média, contra 75% de 2018. O armazenamento nas bacias está 9% (rio Grande) e 12% (rio Paranaíba) superior ao volume do mesmo período do ano passado.

A Sala de Crise foi instalada em 2017 para monitorar as condições de navegação na hidrovia. Esse monitoramento é coordenado pela ANA, com a participação de órgãos como Ministério do Meio Ambiente, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ONS, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Sindicato dos Armadores de Navegação Fluvial de São Paulo (Sindasp), representantes dos governos de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, gerdores hidrelétricos e empresas de navegação.