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Com objetivo de posicionar a CPFL Energia cada vez mais em um modelo de operação sustentável mais moderno, a área de Estratégia e Inovação da companhia anunciou que pretende investir até R$ 82 milhões nesse ano em ações de eficiência energética para as áreas de concessão de suas quatro distribuidoras: CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE. Em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia, Felipe Henrique Zaia, Gerente de Eficiência Energética da CPFL, conta que a empresa está na fase final de elaboração de um plano efetivo para atuar na modernização da iluminação de hospitais públicos nos próximos três anos, podendo investir entre R$ 100 a 140 milhões na troca de lâmpadas e luminárias dos ambientes, além da instalação de sistemas fotovoltaicos em alguns telhados dessas edificações.

Entre o começo de 2018 até o momento, a concessionária de energia soma 42 projetos em andamento em unidades de saúde, com 120 mil lâmpadas de LED instaladas e 24 dessas iniciativas prevendo também a implementação de placas fotovoltaicas nos prédios públicos e locais interessados. “A área da saúde nos municípios de nossas quatro distribuidoras tem demandado muita iluminação e o próprio interesse na energia solar vem aumentando bastante para resolver a conta dos hospitais”, comenta Zaia.

O investimento a ser realizado em 2019 segue o aumento exponencial dos aportes que a companhia tem destinado ao segmento nos últimos anos, com uma meta de crescimento de quase 20% a ser atingida nesse ano, frente aos R$ 67,6 milhões aplicados em 2018, que por sua vez foram 25% maiores do que o valor destinado no ano anterior, que chegou a R$ 54 milhões. Segundo o executivo, o foco segue sendo os clientes de baixa renda, com o auxílio a populações que vivem em localidades de rendas inferiores, além de projetos em prédios públicos e instituições não governamentais. “As empresas de saneamento constituem um caso interessante porque foram agravadas pela crise fiscal do país, assim como a saúde pública”, salienta.

Completam o quadro os projetos educacionais, para o fomento de informação, conhecimento e consciência das novas gerações, e iniciativas mais específicas, com clientes comerciais e industriais, essas em menor escala.

Do total investido na chamada pública deste ano, apenas R$ 13,2 milhões foram aplicados pelos projetos submetidos e aceitos no processo, sendo o resto destinado a outras iniciativas, como um projeto realizado em Sorocaba, em um conjunto habitacional de aproximadamente 500 apartamentos onde as ligações irregulares e quadros de energia avariados e expostos foram substituídos. A companhia também instalou uma pequena UFV de 30 KWp para provimento de energia e iluminação das áreas comuns dos blocos do edifício, além de instalar 33 postes inteligentes, que não dependem de eletricidade, através de uma parceria com a empresa Litros de Luz. Ao todo o projeto contou com R$ 420 mil em recursos.

“Havia muito problemas de violência na região, em que a falta de iluminação colaborava para esse quadro. A ideia é que isso seja mantido pelos próprios moradores da comunidade”, pontua Zaia, afirmando que treinamentos foram desenvolvidos com a população local.

CPFL soma 42 projetos em andamento em hospitais desde o ano passado, com 120 mil lâmpadas de LED instaladas e 24 dessas iniciativas prevendo também a implementação de UFVs (foto: CPFL)

Sobre a percepção de mudança da área de eficiência nos últimos anos, Zaia afirma que hoje há um interesse maior por parte do público em geral, tanto na obtenção do conhecimento como na participação nas chamadas públicas. À título de comparação, ele conta que na primeira CP da empresa, no ano de 2014, foram sete propostas submetidas, com apenas uma sendo aprovada, envolvendo R$ 1 milhão em recursos. “Neste ano recebemos 146 cadastros”, compara, sem revelar os valores finais. Ano passado, segundo ele, foram 103 projetos recebidos e 38 aprovados, num consumo de R$ 26 milhões a serem implementados nesse segundo semestre do ano.

Uma dessas iniciativas diz respeito a uma parceria com a Unicamp, que prevê R$ 8 milhões para o projeto Campus Sustentável, unindo as áreas de eficiência à pesquisa e desenvolvimento. O projeto contempla a inauguração nesse ano de uma usina fotovoltaica de 534 KWp no telhado do ginásio esportivo da faculdade, provendo uma economia anual de 1000 MW/h e R$ 247 mil na conta de energia da instituição nesse período. Também foram trocados 40 aparelhos de ar condicionado antigos e 3 mil pontos de LED instalados.

Segundo o gerente, um ponto interessante nesse projeto foi a utilização de tecnologias de automação e gerenciamento dos sistemas, com os usuários podendo conferir o consumo de cada prédio em tempo real. “Normalmente isso não é utilizado em eficiência mas a Unicamp e nós entendemos ser importante também ter os dados em tempo real”, comenta. Para 2020 não há uma previsão concreta de quanto será aplicado na área, mas ele revela que a ideia é seguir acelerando e aumentando o volume de investimentos. “Quanto mais fazemos projetos mais os hospitais nos procuram”, conta o executivo.

Sobre a recente chamada da Aneel para Mobilidade Elétrica, a empresa apresentou quatro propostas, representando ¼ da chamada e montando a rede de parceiros para desenvolver a eletrificação através de novos modelos de negócios. Os projetos tratam sobre a forma de geração de eletropostos, a eletrificação de veículos operacionais das cidades, posto de recarga com energia solar e baterias complementares além da chamada segunda vida para baterias, num projeto que pode chegar a investimentos de até R$ 150 milhões, caso seja aprovado pela Aneel. “A Contrapartida média é de 17%, bem acima do estipulado pelo regulador”, ressalta Felipe Zaia.