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Tendo o objetivo de conscientizar os clientes que as suas soluções trarão benefícios de eficiência para a operação, a ABB vem mudando o foco das abordagens, investindo mais no board das empresas e nos profissionais de TI e Operação. De acordo com Thiago Lopes, diretor de Vendas e Marketing da empresa, esse público toma decisões estratégicas e tem olhar apurado sobre dados e o longo prazo. Ele também coloca como metas perpetuar a relação com o cliente, estabelecendo uma relação de prestação de serviço contínuo, mantendo atualizadas e confiáveis as plataformas utilizadas por eles e fazendo com que grande parte da receita venha desses serviços. “Nosso foco é manter essa relação a longo prazo”, afirma.
A empresa vai fornecer para a transmissora Argo Energia um conjunto de soluções em software de gestão de ativos para dar mais estabilidade e eficiência ao empreendimento de Argo 1, que passa pelos estados do Maranhão, Ceará e Piauí, arrematado no leilão de abril de 2016. “É um sistema completo dentro da mesma plataforma com uma única visão de todo o processo e que a expectativa e que traga um ganho para Argo nos próximos anos e pague o investimento”, explica. O projeto também vai incluir a mais recente solução de Enterprise Software Ability, que vai permitir uma comunicação unificada em centro de controle único para tomada de decisões.
Essa solução também vai dar confiabilidade para equipamentos sensíveis da transmissão, como subestações de energia e transformadores. A transmissora vai conseguir aliar supervisão controle, gestão de ativos e segurança cibernética e as soluções vão reunir as funcionalidades de gestão de equipes e de gerenciamento e gestão de equipes. O MicroScada X foi lançado nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro (RJ). O software de controle de energia e automação oferece aos clientes uma visão rápida e clara da situação da rede, dando confiabilidade operacional ao sistema de distribuição de energia. A versão está totalmente habilitada para a nuvem, podendo ser dimensionada para dispositivos portáteis. Já o SDA500, queatua junto com o MicroScada X, é um sistema de automação pré-projetado e pré-montado que fornece todas as funcionalidades de um sistema de distribuição secundária em uma única solução.
Os empreendimentos de energias renováveis são clientes potenciais da ABB para o MicroScada X. A ABB fechou o primeiro contrato dele no Brasil com uma eólica. Segundo Lopes, as empresas querem reduzir ao número de operadores na visualização, se concentrando em informações dentro da mesma plataforma, o que mitigaria riscos de erros de operação. “O operador vai ter um único dashboard para fazer a operação e obter os dados de medição e saúde do empreendimento”, explica Julio Oliveira, gerente de tecnologia de Grid Automation. A previsão de salto para 50 GW de eólicas e solares até 2040 justifica o interesse da ABB.
A segurança cibernética está no radar da empresa. Segundo Oliveira, a ABB faz produtos com testes de vulnerabilidade para testar as ameaças, além de desenhar a arquitetura de comunicação deles com mecanismos de defesa de software depois de implementado. “Para todo sistema que sai da nossa fábrica, adotamos camadas de defesa para poder proteger a informação de missão crítica do cliente”, avisa. Lopes lembra que a concessão de 30 anos na transmissão dá a premissa para o bom trabalho. “Ela requer previsibilidade, processo e longa vida útil dos equipamentos, é isso que a gente promove”, explica.
Lopes vê instabilidades nos investimentos para modernizações, devido aos rumores sobre possíveis privatizações. As estatais no alvo são justamente as que deveriam investir no retrofit e fazer a digitalização.
Outro ponto que ele levanta é o aspecto econômico. A competitividade dos leilões também está se fazendo com que as decisões sejam baseadas no capex. Porém o executivo cita empresas com ISA Cteep, Taesa, State Grid e Enel Green Power com players que investem na digitalização. “Para essas já é uma realidade”, aponta. A velocidade da digitalização do mercado de energia não vai ter a mesma da TI, mas os players estão interessados em saber das tecnologias mais modernas, porque ela favorece redução no tempo de implementação. Julio Oliveira também cita a importância da capacitação como uma barreira para a evolução do mercado.
Ativos como subestações antigas e LTs construídas nos últimos anos são alvos preferenciais para a digitalização do setor. “Há uma gama de tecnologias que podem ser aplicadas hoje no país pelo número de oportunidades”, frisa Oliveira. A percepção pela segurança já está na cabeça dos players.