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Concluindo 291 MW eólicos no seu cluster no Rio Grande do Norte, a Voltalia espera que a demanda no próximo leilão A-6 seja satisfatória, de modo a viabilizar mais projetos no certame. De acordo com o CEO da empresa no Brasil, Robert Klein, a empresa deve participar no leilão com projetos eólicos e solares, em estados como Bahia e Pernambuco, além do próprio Rio Grande do Norte. “Cadastramos muitos projetos, como fizemos no leilão passado, estamos nos preparando”, afirma Klein.

A empresa, que é de origem francesa, segue firme no caminho do mercado livre, que vem conseguindo deslanchar projetos eólicos. Segundo Klein, a Voltalia está discutindo com consumidores contratos de longo prazo, o que asseguraria a construção de usinas eólicas ou solares. “Estamos com várias discussões, conversas paralelas, tanto em projetos solares, eólicos ou híbridos”, avisa Klein. Ele conta que a Voltalia foi uma das pioneiras no modelo de comercialização que se perpetuou nos últimos anos, com a viabilização no leilão de uma parte do empreendimento e o restante acertado para o mercado livre, através de contratos de longo prazo.

Durante muitos anos, a fonte eólica lutou para entrar no ACL com a mesma facilidade com que ela era viabilizada no ambiente regulado, mas os preços não eram atrativos o suficiente. O preço de referência, ainda era o do leilão de 2015. Como em 2016 não houve leilões de energia nova, em 2017 a disputa foi alta, o que puxou os preços para um patamar bem abaixo do que vinha sendo registrado, que aliado ao desejo do mercado de fazer uso de energias renováveis, fez com que muitos projetos de eólicas no ACL acontecessem. Outro aspecto que agiu como impulsionador das eólicas no ACL são possíveis mudanças futuras no modelo, como fim de descontos em taxas de transmissão para eólicas, o que motivou eólicas no ACL.

A Voltalia está finalizando na França a compra da empresa de serviços em Geração Distribuída Helexia, o que vai permitir que ela atue nessa frente no Brasil. Klein conta que há uma intenção de entrar na área de serviços. Ele também quer estar mais próximo dos clientes para entender melhor as suas necessidades e criar produtos que se aproximem do que eles estão pedindo. “Havia muitas solicitações de clientes e a gente não tinha outro produto que se enquadrava em GD”, observa. Os clientes industriais vão ser o foco quando a Helexia começar a atuar.

Salientando o crescimento recente que a empresa teve nos últimos anos, quando ela se tornou um dos maiores players da área eólica no Brasil, Klein conta que quer manter para 2020 o ritmo forte, já que último A-4 ela viabilizou projetos. A meta é em 2032 estar com 2,6 GW instalados, “Isso vai dar mais fôlego para o Brasil para crescer mais ainda”, aponta.

Apesar de estar com uma usina solar de cerca de 4 MW em um projeto no estado do Amapá, para abastecer a região do Oiapoque, que possui 34 mil habitantes, a empresa ainda não viabilizou nenhum projeto fotovoltaico em leilão. De acordo com Klein, os preços têm sido bastante baixos e a demanda pequena. Já no mercado livre, a energia eólica tem se sobressaído como melhor negócio que os parques solares. “Falta um pouco mais de demanda e a questão do projeto híbrido pode facilitar a solar a ganhar força”, explica.