A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ da Enel Brasil e de suas subsidiárias, Enel Distribuição SP, Ampla, Coelce e Celg Distribuição, retificando também os IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moedas Local e Estrangeira da Eletropaulo em ‘BBB-‘ e ‘BB+’, respectivamente. A Perspectiva de toda análises é estável.

A avaliação reflete os fortes vínculos legais, estratégicos e operacionais entre o grupo no Brasil e sua acionista controladora, a Enel Américas, segundo a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias da Fitch. O vínculo é atestado, principalmente, pela inclusão das entidades classificadas nas cláusulas de inadimplência cruzada da dívida no âmbito da controladora. O grupo também possui histórico de concessão de empréstimos mútuos substanciais, aumentos de capital e garantias de dívidas prestadas às subsidiárias brasileiras, o que vem sustentando o plano de crescimento empresa no Brasil e melhorando sua flexibilidade financeira.

Em sua análise, a agência acredita que a relação é forte o suficiente para justificar um IDR em Moeda Local mais alto para a Enel Distribuição SP, mas considera a diferença de três graus entre rating em Moeda Local da empresa e o valor soberano brasileiro (‘BB-‘ (BB menos)/Perspectiva Estável) apropriado para um setor regulado. Já o IDR em Moeda Estrangeira da companhia paulista está um grau acima do teto-país do Brasil (‘BB’), com base na metodologia Non-Financial Corporates Exceeding the Country Ceiling Rating da Fitch. Na opinião da agência, o perfil de crédito individual estaria em linha com um IDR em Moeda Estrangeira semelhante ao atualmente atribuído à empresa, considerando a força do grupo no Brasil.

Para a Fitch, a Perspectiva Estável dos IDRs reflete a mesma do Brasil, e o enfraquecimento do vínculo com a Enel Américas e/ou alguma deterioração no perfil de crédito da controladora não devem pressionar os ratings das companhias.

Em base individual, o perfil de crédito consolidado da empresa incorpora um moderado risco de negócios, proveniente de suas operações no segmento de distribuição de energia e de sua forte posição no mercado como um dos maiores grupos privados do setor de energia elétrica brasileiro. Sua base de ativos é diversificada e conta com quatro concessões de distribuição, três usinas de geração e duas linhas de transmissão, o que contribui para a diluição dos riscos operacionais, mais presentes no segmento de distribuição.

A análise também incorpora aumentos no consumo de energia e ajustes tarifários favoráveis, que deverão aumentar a geração de caixa operacional do grupo nos próximos anos. A Fitch acredita que a Enel Brasil manterá indicadores financeiros robustos, com baixa alavancagem e forte perfil de liquidez, apesar de os elevados investimentos e a distribuição de dividendos mais altos pressionarem o fluxo de caixa livre (FCF).