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Uma nova geração de baterias para veículos elétricos está em desenvolvimento e poderá chegar ao mercado em poucos anos. A expectativa é de que esse novo dispositivo, que ainda é alvo de pesquisas, aumente em cerca de cinco vezes a capacidade atual desse que ainda é o componente mais caro dos atuais veículos comercializados em todo o mundo. Se confirmados os resultados, esses veículos poderão ficar mais baratos que os atuais carros a gasolina.

Quem afirma isso é o pesquisador Khalil Amine, marroquino radicados nos Estados Unidos, onde é professor adjunto na Universidade de Stanford e que está à frente desses estudos. Ele se mostra conservador em suas estimativas e evita apontar com precisão quando deveremos ter as novas baterias no mercado. Ele explica que o processo do desenvolvimento à implementação pode durar cerca de 10 anos.

“O maior problema que temos atualmente é o custo, que representa um grande desafio. As baterias representam 50% do preço final do veículo atualmente”, lembra o pesquisador. “Hoje meu time vem estudando duas tecnologias baseados em materiais evitando a utilização de metais pesados como o cobalto na bateria de lítio, apenas associando e desassociando ar, se bem-sucedidas as pesquisas, e acreditamos que será, o veículo elétrico será mais barato que os atuais que utilizam gasolina”, acredita o pesquisador.

Segundo ele, para alcançar a redução de custos nas baterias, é necessário alcançar o aumento da energia de forma significativa no dispositivo com menos material, e uma resposta mais significativa nesse sentido não deverá chegar em menos de 10 anos. Até lá, prevê deveremos ter aumentos incrementais nos próximos anos. O dispositivo que desenvolve está ainda no início das pesquisas, mas indicou que o uso apenas do lítio e do oxigênio é a transformação da tecnologia capaz de aumentar capacidade e alcance.

O cientista já é conhecido da indústria por suas pesquisas nesse campo. Os atuais dispositivos nasceram de seu trabalho e hoje equipam alguns dos principais modelos vendidos globalmente. Entre eles estão aqueles que recentemente começaram a ser comercializados no Brasil, das montadoras Nissan e GM. Essa bateria também é amplamente utilizada em dispositivos domésticos e móveis. Mas, destacou ele, a aplicação pode se estender ainda mais ao se utilizar as baterias para sistemas de armazenamento de energia associado a fontes renováveis, como eólica e solar.

Amine é um dos vencedores do The Global Energy Prize, que será entregue nesta semana durante a Russian Energy Week, em Moscou. Há cerca de dois anos começou as pesquisas para um novo sistema de bateria de superóxida capaz de produzir até cinco vezes mais energia do que as baterias de íon-lítio. Essa descoberta foi descrita no Nature Journal e deu impulso a uma nova rodada de pesquisas destinadas a aumentar a densidade de energia das baterias e reduzir custos.

*O repórter viajou a convite da Global Energy Association