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A edição 2019 do Global Energy Prize trouxe como os dois escolhidos cientistas cujos trabalhos ajudam na busca por soluções para a crescente emissão de gases de efeito estufa. Esse é um tema da mais urgente ação necessária para que se possa conter o avanço da temperatura no planeta. E esse caminho é pela introdução massiva de fontes renováveis e eliminação de subsídios à indústria do petróleo e do gás.

Quem afirma isso é Rae Kwon Chung, presidente do Comitê Internacional do Prêmio concedido pela Global Energy Association. Ele, é membro do Painel de Líderes e Peritos de Alto Nível (HELP) do Secretário-Geral da ONU em água e desastres e Membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

O especialista observou que o desenvolvimento dos escolhidos para este ano no campo de conservação e integração de energia não apenas resolveria os problemas da indústria de infraestrutura, mas também contribuiria para a eletrificação de regiões remotas do mundo e atenderia a objetivos de desenvolvimento sustentável.

“A Agenda 2030 da ONU é crucial. São necessários US$ 2,2 trilhões em investimentos anuais para garantir o acesso universal a fontes de energia acessíveis, confiáveis, sustentáveis e modernas”, comentou ele em entrevista coletiva nesta terça-feira, 1º de outubro.

Esse alerta foi feito recentemente pela Associação Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês). De acordo com a associação, os investimentos precisariam dobrar para que se alcance as metas do Acordo de Paris.

Ele citou dados do relatório ‘Energia no novo ciclo tecnológico’, elaborado com base nos resultados da VIII Cúpula do Prêmio Global de Energia. Entre as conclusões está o fato de que enquanto os fabricantes mantiverem suas decisões de investimento em ativos tradicionais de combustíveis fósseis e não estiverem prontos para transferir subsídios para a energia verde, as mudanças necessárias para a indústria poderão ser fornecidas por novas tecnologias estruturais para armazenamento e transferência de energia.

“Essas inovações contribuirão para uma maior descarbonização do sistema energético global e ajudarão na transição para o novo ciclo tecnológico, projetado para proporcionar uma melhor qualidade de vida a todos os que vivem no planeta”, disse o especialista, que lembrou ainda das discussões ocorridas semana passada na Conferência do Clima realizada em Nova York, nos Estados Unidos.

O coreano Chung destacou que houve o alerta de que as ações são urgentes para o futuro e que a energia limpa é o caminho que deve ser seguido. E essas ações devem estar baseadas em políticas de estado cujo objetivo é o combate às emissões de gases de efeito estufa. “As emissões estão aumentando mais rápido do que era previsto e devemos alcançar um pico em 2020”, alertou ele em sua participação.

Os premiados neste ano foram os cientistas Khalil Amine com sua pesquisa em uma nova bateria que pode aumentar sua capacidade em até cinco vezes ante a de lítio atualmente conhecida e o professor Frede Blaabjerg, da Dinamarca por contribuições técnicas ao projeto de sistemas de gerenciamento de energia, permitindo a integração de energias renováveis.

*O repórter viajou a convite da Global Energy Association