O Prêmio Nobel de Química de 2019, anunciado nesta quarta-feira, 9 de outubro, foi para três cientistas que atuaram no desenvolvimento de baterias de íons de lítio. Os laureados foram o americano John B. Goodenough, o britânico M. Stanley Whittingham e o japonês Akira Yoshino, que dividirão um valor equivalente a US$ 3,7 milhões.
O dispositivo foi criado ainda nos anos 70 e agora ganha popularidade no setor elétrico com o avanço da tecnologia para armazenamento de energia e veículos elétricos. Por sua vez, Yoshino desenvolveu a primeira bateria recarregável comercializável com este material, em 1985. O cientista, inclusive foi o vencedor do The Global Energy Prize em 2013, prêmio concedido pela Global Energy Association, da Rússia, que este ano escolheu Khalil Amine por seu trabalho em uma nova geração de baterias de lítio e que podem aumentar a densidade de energia contida nesses dispositivos e reduzir o custo dos veículos elétricos.
Este ano a Agência CanalEnergia também foi a escolhida pela Global Energy Association como a vencedora do Energy of Words, prêmio de jornalismo mais conceituado do setor de energia pela Reportagem Especial que trata do assunto de armazenamento de energia em baterias.
As baterias de íon de lítio tinham densidade de energia cerca de três vezes maior que as baterias secundárias aquosas, como as baterias secundárias convencionais de níquel-cádmio e hidrogênio níquel. “É uma honra para nós que, em 2013, as realizações científicas do cientista destacado foram marcadas pelo Global Energy Prize pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio com precisão”, disse Alexander Ignatov, diretor da Associação Global de Energia.
A invenção de Akira Yoshino resolveu um dos problemas mais prementes da engenharia elétrica moderna. Isso levou à criação de fontes de energia compactas e extremamente leves. A tecnologia de íons de lítio assumiu posições de liderança no setor de baterias e em muitos outros. Hoje, essas baterias são amplamente usadas em eletrônicos portáteis, veículos elétricos e na indústria aeroespacial.