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A Alsol Energias Renováveis, empresa do Grupo Energisa, vai investir R$ 30 milhões, nos próximos 3 anos, para oferecer serviços de armazenamento de energia e mobilidade elétrica, ampliando sua atuação no setor elétrico para além da geração solar distribuída e colocando um pé nos mercados de transporte e serviços de entrega.

A Alsol se consolidou no mercado de energia como uma empresa de venda e instalação de sistemas solares em telhados para clientes residências e comerciais. Com a chegada da Energisa neste ano, o modelo de negócio da companhia se voltou para a construção de usinas próprias, com foco em oferecer descontos na tarifa de energia para micro e pequenas empresas.

Para 2020, segundo o diretor de Tecnologia da Alsol, Gustavo Malagoli Buiatti, a estratégia será oferecer serviços de armazenamento de energia e carregadores móveis para veículos elétricos na região de Uberlândia, Minas Gerais. O passo seguinte será oferecer serviços de entrega e transporte de passageiros utilizando veículos elétricos 100% alimentados por energia solar. Esse projeto foi batizado de Moove Alsol.

De acordo com Buiatti, a estratégia de negócio da Alsol está apoiada em cinco pilares: energia renovável; geração distribuída; armazenamento por baterias; internet das coisas e mobilidade elétrica.

Em geração distribuída, conforme já anunciado, a empresa pretende investir R$ 300 milhões para construir 75 MW em usinas solares até 2025. Desse total, 15 MW serão conectados até dezembro de 2019 e mais 25 MW serão implantados em 2020. Todos os projetos já definidos ficam em Minas Gerais.

A novidade está na estratégia do uso da energia solar combinado com serviços de armazenamento de energia. O primeiro projeto de pesquisa em sistema de baterias de grande porte do Brasil foi desenvolvido pela Cemig em parceria com Alsol. Trata-se de um sistema de 2 MW de capacidade de armazenamento, equipado com baterias de lítio e que está em operação em Minas Gerais.

“Saindo do mundo do P&D, uma vez que a gente já desenvolveu o nosso conhecimento, o nosso software de controle, agora nada mais natural que buscar o mercado real”, disse Buiatti, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia. “A partir de 2020, a gente começa a aprofundar no armazenamento”, completou.

O modelo de negócio para energy storage se assemelha ao sistema de locação utilizado para geração solar distribuída. As unidades de armazenamento serão instaladas em clientes comerciais e industriais, do grupo A 4. As baterias vão operar oferecendo serviços de controle da demanda, arbitragem de energia, aumento da qualidade da energia e backup. “Entendemos que a bateria passa a ser uma opção ao óleo diesel, que é poluente e representa um certo risco”, destacou o executivo.

Mobilidade elétrica

Também em 2020, a Alsol vai disponibilizar pontos de recargas para veículos elétricos. No entanto, os carregadores serão móveis, acoplados a um sistema de baterias. Os donos de carros elétricos serão informados, via aplicativo, onde os pontos de recarga estarão localizados.

“A gente carrega o sistema de baterias em nossas plantas solares, define os pontos e disponibiliza a informação via plataforma para que os usuários possam carregar seus veículos elétricos”, explicou Buiatti. “Obviamente que haverá uma parceria comercial para definir os locais onde o serviço será disponibilizado”, explicou o executivo.

Além da recarga para os veículos, a Alsol também pretende utilizar os carregadores móveis para oferecer serviços ancilares para as concessionárias de energia. Como as redes das distribuidoras ainda não estão preparadas para receber a demanda dinâmica introduzida pelos veículos elétricos, os carregadores com armazenamento podem ajudar a aliviar a rede no ponto em que ela estiver sobrecarregada, por exemplo.

Por traz dos carregadores móveis, há uma estratégia ainda maior da Alsol de oferecer serviços de entrega e transporte de passageiros via veículos elétricos alimentados por energia solar. Em um primeiro momento, a Alsol investirá na compra dos veículos para testar o modelo de negócio.

Segundo o executivo, o aumento na produção de veículos elétricos e a redução de custos das baterias fará com que o preço dos automóveis fique cada vez mais acessível aos usuários. Estudos mostram que nos próximos três anos haverá uma redução de 30% no custo das baterias. “O veículo elétrico deverá vir mais devagar, mas acreditamos que com o armazenamento de energia acontecerá da mesma forma com que aconteceu com a geração distribuída, por isso estamos nos antecipando e colocando produtos disponíveis de forma comercial já em 2020”, concluiu Buiatti.