O pedido de recuperação judicial da Renova Energia não afetará a nota de risco crédito da Cemig ou de suas subsidiárias, informou a agência de classificação de risco Fitch Ratings. A Cemig e suas subsidiárias estão classificadas como risco de crédito em moeda local ‘B +’ e rating nacional de longo prazo em ‘A-(bra), com perspectivas positivas.

A recuperação judicial da Renova contempla obrigações de cerca de R$ 3,1 bilhões, incluindo R$ 688 milhões para a Cemig. A Cemig tinha posição de liquidez de R$ 1,4 bilhões no final de junho de 2019.

“A Fitch não prevê nenhum impacto financeiro para Cemig, incluindo restrições em relação a capacidade da empresa de captar novas dívidas, apesar da participação significativa da empresa na Renova”, diz o comunicado ao mercado.

A elétrica mineira não garante nenhuma dívida da Renova e não tem exposição em termos de aceleração da dívida, uma vez que a Renova não está incluída em cláusulas de inadimplência cruzada em nenhum dos instrumentos de dívida no mercado local ou internacional.

A Renova Energia entrou com pedido de recuperação judicial nesta semana, após a AES Tietê desistir da aquisição do projeto eólico Alto Sertão III, na Bahia. A Cemig é a principal acionista da renova, com 45,83%. A Light, que também era acionista da Renova e subsidiária da Cemig, vendeu sua participação de 17,17% por R$ 1,00 ao CG I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia.

O Juiz da 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca do Estado de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial ajuizado pela Renova Energia e suas sociedades controladas, determinando algumas medidas emergenciais como a Nomeação da KPMG Corporate Finance para atuar como administradora judicial do processo.