A geração termelétrica da Petrobras totalizou, no terceiro trimestre de 2019, um volume de 2.190 MWmédios, crescimento de 124,6% em relação aos 975 MWméd produzidos no segundo trimestre deste ano – mas abaixo dos 3.371 MWméd do período julho-setembro do ano passado.

De acordo com a empresa, um dos motivos que levaram ao aumento da geração entre os dois últimos trimestres foi o maior despacho por mérito devido ao valor elevado do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), refletindo a piora nas condições hidrológicas nos rios e bacias e impactando o nível dos reservatórios.

Outro fator que explica o acionamento do parque termelétrico da petroleira foi a maior geração de energia fora da ordem de mérito, devido ao menor custo do combustível frente a melhor remuneração pelo PLD.

Já a queda de 35% da geração de energia térmica entre os terceiros trimestres de 2019 e 2018 se explica à melhora do cenário hidrológico deste ano frente ao ano passado, proporcionando o aumento do nível de armazenamento de água nos reservatórios. Os dados constam de relatório trimestral de produção e vendas da companhia, divulgado na noite da última quinta-feira, 17 de outubro.

Como decorrência do maior despacho térmico, as vendas de gás entre julho e setembro alcançaram 78 milhões de m³/dia, 11,4% a mais em relação ao segundo trimestre. O volume de gás voltado às termelétricas ficou em 26 milhões de m³/dia no terceiro trimestre, contra 17 milhões de m³/dia no segundo.

O volume de gás natural fornecido ao segmento não térmico ficou estável, em 38,5 milhões de m³/dia. A oferta da gás nacional em 2019 tem sido complementada com a importação de gás natural liquefeito (GNL), cujos preços no mercado internacional são mais atrativos que o preço do gás boliviano.