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O leilão de energia nova A-6 viabilizou mais uma grande térmica a gás natural. Chamada de UTE Novo Tempo Barcarena,  o empreendedor foi o maior vitorioso do certame com a negociação de 569,7 MW médios. A usina a ser construída terá uma potência instalada de 604,5 MW, utilizará GNL e ficará na margem do rio Pará, no estado de mesmo nome. Somente essa usina representou 49,3% da energia vendida na disputa que durou pouco mais de quatro horas.

O empreendimento está registrado como de responsabilidade da Celba (Centrais Elétricas de Barcarena) que faz parte de um grupo sediado na zona sul do Rio de Janeiro, chamado Grupo Urca. O investimento estimado pela Aneel nesta central é de cerca de R$ 1,5 bilhão. Procurada para falar sobre o leilão, a empresa informou a reportagem que não havia porta voz disponível no momento em que foi procurada para falar sobre o leilão.

Ainda no segmento térmico outro destaque se deu com o projeto de expansão da usina termelétrica Parnaíba VI, da Eneva. Trata-se de fechamento de ciclo da UTE MC2 Nova Venécia que teve 70 MW médios contratados e capacidade adicional de 92,3 MW ao Complexo Parnaíba, localizado no Maranhão. O investimento estimado para a implantação ampliação de Parnaíba VI é de R$ 474 milhões.

Apesar disso, a fonte eólica foi a maior vencedora do certame. Foram viabilizados pouco mais de 1 GW de potência instalada divididos entre 44 novos parques a serem implantados que acrescentarão 480 MW médios de garantia física.  A maior vendedora nessa fonte também foi a segunda maior do certame, a norueguesa Statkraft. A empresa negociou 11 parques na Bahia, sendo 10 no complexo Ventos de Santa Eugênia com 300 MW e mais 75,6 MW no projeto Serra da Mangabeira. Ao total foram viabilizados 87,4 MW médios.

Ainda houve mais seis outros investidores eólicos que venderam energia no certame, a Atlantic com nove parques que somam 218,5 MW, sendo sete na Bahia e outros dois no Piauí com 26,4 MW médios vendidos. A francesa EDF por meio de cinco parques no complexo Ventos de São Januário (BA) adicionou 42 MW e 6,1 MW médios em contratos. A Copel com o complexo Jandaíra no Rio Grande do Norte em quatro projetos que somam 92,4 MW e 14,4 MW médios. A empresa informou que o montante de energia vendida representa 30% da garantia física, sendo que o restante da energia deverá ser comercializada através de contratos no ambiente livre.

E ainda, a Casa dos Ventos com 12,1 MW médios decorrentes de oito parques no projeto Ventos de Santa Leia (RN) que somam 67,2 MW de potência instalada. A PEC Energia com seis empreendimentos na Paraíba nos projetos Serra do Seridó, que adicionaram 214,83 MW de potência sendo 29,7 MW médios. Há ainda mais um empreendimento com 5 MW médios na Bahia, de 27,5 MW de potência instalada cuja titularidade não foi possível confirmar na tarde desta sexta-feira.

Na fonte hídrica viabilizou 27 empreendimentos sendo duas UHEs, São Roque com 141,9 MW e a Tibagi Montante com 36 MW. Ao total foram 172 MW médios e uma potência instalada de 445,15 MW. A CGH Garcia de Angelina, localizada no Rio Garcia, no município de Angelina (SC), tem participação de 15% da Enerbrand, 40% da Shell e 15% da empresa Conexão Engenharia. A usina será formada por um túnel derivativo em duas turbinas de 1 MW, somando 2 MW de potência. Possui 1,3 MW de garantia física e investimento estimado em R$ 13 milhões. A previsão da empresa é conseguir, até o ano que vem, a Licença de Instalação para iniciar a construção da usina, que terá a duração de 18 meses, ainda no segundo semestre de 2020. A perspectiva para entrada em operação é para 2022.

Entre os vencedores estão ainda tradicionais empresas do setor como a Tradener. Foram ao total 19 PCHs e mais seis CGHs neste leilão. A fonte solar negociou 11 empreendimentos com 59,5 MW médios que viabilizaram 530 MW em potência instalada. Além das duas térmicas citadas no início da reportagem saíram vencedoras seis usinas a bagaço de cana. No total a fonte térmica por disponibilidade resultou na contratação de 742,6 MW médios e usinas que somam potência instalada de 963,8 MW.

No lado comprador o destaque se deu pela Light que adquiriu energia no montante total de 449 MW médios, com início de fornecimento em janeiro de 2025 e vigência de até 30 anos, ao preço médio de R$176,09/MWh. Essa energia, explicou a companhia, irá substituir contratos atualmente em vigor que possuem vencimento em dezembro de 2024 e preço médio atualizado pela inflação de cerca de R$280,00/MWh, representando assim uma redução de aproximadamente 38%. Esse volume representou 38,9% dos negócios fechados no A-6.

Além da concessionária fluminense fecharam contratos mais oito distribuidoras. A segunda maior com 15,2% do total foi a Cemig e a terceira foi a Coelba com 11,7% do total.