O Grupo EDP lançou pelo segundo ano consecutivo o Fundo A2E – Access to Energy, destinado a apoiar projetos de acesso à energia renovável em países em desenvolvimento, com cerca de meio milhão de euros para iniciativas que promovam valores ambientais, sociais e econômicos. O programa de financiamento contemplará entidades de todo o mundo, com e sem fins lucrativos, que pretendam desenvolver projetos junto aos países já incluídos na primeira edição: Quênia, Malauí, Moçambique e Tanzânia e, agora, abrangendo também a Nigéria.

A decisão de lançar a segunda edição do programa representa um reforço do compromisso da EDP com a sustentabilidade e com a necessidade de combater a pobreza e a exclusão elétrica que ainda afeta milhões de pessoas, especialmente em comunidades rurais remotas e populações carentes de países em desenvolvimento. Na avaliação de António Mexia, presidente executivo do Grupo EDP, são mais de 840 milhões de pessoas não têm acesso à eletricidade, o que as coloca numa situação de grave exclusão.

“Garantir o acesso à energia para as comunidades mais remotas, possibilitando a criação de ecossistemas sustentáveis é uma condição necessária para quebrar o ciclo da pobreza e contribuir para o desenvolvimento social e econômico dessas regiões”, afirma Mexia. Mantendo os critérios, o programa aposta em cinco áreas prioritárias: educação, saúde, agricultura, empresas e comunidades, além de levar em consideração o impacto social, parcerias, sustentabilidade, potencial de expansão e viabilidade financeira.

As inscrições podem ser feitas até o dia 26 de novembro, seguindo-se de uma fase de avaliação e pré-seleção. Os projetos selecionados serão divulgados no início de 2020 e deverão ser executados ao longo do ano. O Fundo garantirá apoio financeiro entre 25 mil e 100 mil euros a cada projeto. No ano passado, o A2E recebeu 108 inscrições e 450 mil euros foram disponibilizados. O regulamento completo e o formulário de candidatura podem ser consultados aqui.

A estratégia A2E prevê investimentos de 12 milhões de euros até 2020 na aquisição de empresas com soluções sustentáveis de acesso à energia. A primeira companhia a ter participação do Fundo foi a SolarWorks!, com operação em Moçambique para comercializar soluções descentralizadas de energia solar. A escolha dos países abrangidos pelo fundo da EDP está relacionada à estratégia do programa, que tem dado prioridade a investimentos na África Oriental.