O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata Ferreira, e o diretor de Operação da instituição, Sinval Gama, estiveram no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ) para uma visita técnica aos projetos da empresa Gás Natural Açu (GNA). Na ocasião, os diretores percorreram as obras da térmica GNA I e do Terminal de Regasificação de GNL, que integrarão o maior complexo termelétrico a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada, capaz de suprir 14 milhões de residências.
Os empreendimentos da companhia estão alinhados com as diretrizes do Novo Mercado de Gás, recentemente anunciado pelo Ministério de Minas e Energia, que visa o fortalecimento e a abertura do mercado de gás e energia brasileiro. Luiz Eduardo Barata agradeceu a oportunidade de conhecer um empreendimento desse porte, afirmando que o mesmo “tem grande importância para o Sistema Interligado Nacional e, em especial, para o desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro”.
Por sua vez, Bernardo Perseke, Diretor-Presidente da GNA, mostrou-se orgulhoso em apresentar o projeto que contribuirá para a diversificação da matriz energética nacional, destacando que “a execução das obras leva em conta o máximo cuidado com a segurança nas atividades e as oportunidades para a população local”. Atualmente, mais de 5.500 pessoas trabalham nos empreendimentos da GNA, sendo a maioria moradora da região. Neste mês de outubro, a empresa completou 8 milhões de horas sem acidentes com afastamento em seus empreendimentos.
Expansão do Complexo Termelétrico
Com mais de 88% de evolução das obras, a UTE GNA I está prevista para iniciar a operação comercial em janeiro de 2021. Durante a visita técnica, os diretores também puderam observar o terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito, que será o primeiro terminal de uso privado do Brasil. Nele, ficará posicionada, de forma permanente, a FSRU BW Magna, Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de GNL, que chegará ao Brasil em 2020.
Com investimento total estimado de R$ 8,5 bilhões, o Complexo Termelétrico que a companhia constrói no Porto do Açu contempla também uma segunda térmica a gás, de 1,7 GW. Juntas, UTE GNA I e UTE GNA II somam 3 GW de capacidade instalada, sendo responsáveis por 17% da geração térmica a gás natural do Brasil.
A empresa possui ainda licença ambiental para mais que dobrar sua capacidade instalada, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de projetos termelétricos adicionais no futuro. Somado a isso, a localização estratégica do Porto, próximo aos campos produtores de pré-sal e ao circuito de transmissão de 500 kV recém licitados, possibilitará a criação de um Hub de Gás, para recebimento, processamento e transporte do gás associado, bem como exportação de grandes blocos de energia, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento da região de São João da Barra.