A primeira revisão semanal do programa mensal de operação para o mês de novembro viu uma redução da previsão de vazões e uma aceleração da perspectiva de consumo para o período. A nova projeção do Operador Nacional do Sistema Elétrico é de um crescimento de carga de 3,4% ante o reportado no mesmo mês do ano passado, a estimativa anterior era de expansão mais moderada, na casa de 1,6%.
Se essa previsão se confirmar o Sistema Interligado Nacional deverá alcançar uma carga de 70.016 MW médios, reflexo do crescimento de 4,8% no maior submercado do país, o Sudeste/Centro-Oeste, de 7,6% no Norte e de 1,8% no Sul. A única queda é esperada no nordeste com 1,5% a menos do que em novembro de 2018.
Em termos de energia natural afluente houve retração das estimativas no SE/CO, que passou de 65% calculados como projeção inicial para o período e agora está em 58% da média de longo termo. Outro recuo está no norte com a ENA esperada de 75%, ante índice de 83% da MLT da semana anterior. No Sul e no NE houve leves aumentos das previsões de vazões, passaram a 61% e 26%, respectivamente.
Já em relação ao nível de armazenamento o deplecionamento continua como é natural para esse período do ano. No SE/CO está a situação mais delicada com a previsão de fechar novembro com 17% da capacidade de reservação de água ocupada. Em seguida vem o Norte com 20%, o Sul com 28,4% e o NE com 32,6%, a região que está em melhor situação.
Como consequência houve novo aumento do CMO em todo o país. Os valores continuam equalizados em todas as regiões em R$ 333,92/MWh, resultado da carga pesada e média estabelecidas em R$ 339,53/MWh e a leve em R$ 328,04/MWh.
A programação do despacho térmico teve um leve aumento, passando de 11.230 MW médios para 11.283 MW médios na semana operativa que se inicia neste sábado, 2 de novembro. O maior volume está dentro da ordem de mérito com 6.059 MW médios e há ainda 5.224 MW médios por inflexibilidade.