A AES Corporation tem planos de trazer para o Brasil a Uplight, empresa de tecnologia que fornece soluções para as concessionárias de energia elétrica e gás baseadas na experiência do cliente, disse o presidente da AES para América Latina, Julian Nebreda, durante evento de comemoração dos 20 anos da AES Tietê em São Paulo.
“Iniciamos a construção de uma empresa com um fundo de investimento em tecnologia, a Uplight. Estamos preparando essa empresa para trabalhar nessa área de tecnologia, desenvolver ferramentas digitais e inteligência artificial para ajudar os clientes. Não estamos fornecendo isso no Brasil, apenas nos Estados Unidos. Mas nosso conceito é trazer isso para cá o mais rápido possível”, disse o executivo nesta terça-feira, 5 de novembro.
A Uplight é líder em gerenciamento de demanda, análise de energia, mercados de serviços públicos, personalização de serviços públicos e gerenciamento de energia doméstica. A Uplight atende a mais de 75 das principais companhias de eletricidade e gás.
Neste ano, a AES Corp. anunciou o investimento de US$ 53 milhões na Uplight, empresa que nasceu da fusão da Simple Energy com a Tendril, empresas com expertise em eficiência energética e gestão da demanda.
De acordo com Nebreda, a estratégia de negócio do grupo AES está apoiada em três pilares: mercado livre, tecnologia e sustentabilidade. Segundo ele, os clientes não querem só receber a conta de energia. Eles desejam soluções customizadas que proporcionem o uso eficiente da energia com o menor impacto ao meio ambiente.
“Além de crescer a pressão por liberalização, os clientes querem ir para o mercado livre, porque eles podem encontrar soluções customizadas e adequadas a sua necessidade”, disse o executivo. “As experiências em todos os mercados onde estamos trabalhando é que a liberalização é a melhor opção para o mercado de energia, dar ao cliente a liberdade de poder contratar a energia como ele quer”, afirmou Nebreda.
Nebreda conta que há também uma crescente demanda dos clientes por sustentabilidade. Segundo ele, as empresas não podem ofertar produtos e serviços competitivos se não considerarem a sustentabilidade nos seus processos. As tecnologias de geração eólica e solar combinadas com sistemas de armazenamento com baterias oferecem preços cada vez mais atrativos para o consumidor. “A sustentabilidade é um imperativo moral desse século”, disse o executivo.