A Eneva terminou o terceiro trimestre com lucro de R$ 89,8 milhões, resultado 48,9% inferior em relação ao mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 175,7 milhões. A companhia divulgou seus resultados financeiros na noite da última terça-feira, 5 de novembro, destacando a posição de caixa de R$ 1,5 bilhão e EBITDA ajustado de R$ 346,8 milhões, ainda que tenha apresentado queda de 30,9% na comparação anual, quando atingiu R$ 501,6 milhões. Já a receita líquida consolidada totalizou R$ 858 milhões e o investimento realizado nas operações chegou a R$360 milhões no período.
Segundo a empresa, os números são considerados positivos dentro de um cenário de despacho térmico atípico para o terceiro trimestre, que passa por um momento hídrico favorável, além do alto volume de geração eólica. Com isso, foi observado um recuo de 23% no volume de energia líquida gerada, entre os meses de julho a setembro de 2019. “Apesar do recuo no despacho do período, que levou a uma menor geração de energia e impactou pontualmente os resultados, ampliamos os investimentos e participação no cenário energético nacional com grandes conquistas, como a vitória no último A-6 e a compra de 6 blocos na Bacia do Parnaíba no primeiro ciclo de Oferta Permanente da ANP”, avalia Marcelo Habibe, CFO e diretor de Relação com Investidores da Eneva.
A vitória no Leilão A-6 se deu pelo projeto Parnaíba VI (92 MW), de fechamento de ciclo da UTE Parnaíba III, e que garante receita fixa anual adicional de R$ 85 milhões para a companhia. Também no período, foram obtidas as licenças de Instalação para todo o projeto integrado Azulão-Jaguatirica e a conclusão do refinanciamento da dívida de Parnaíba II, com significativa redução de custo.
A ação da Eneva finalizou o trimestre cotada a R$ 30,67, apresentando uma valorização de 27,2% na comparação com 30 de junho de 2019. Em igual intervalo, o Índice Bovespa (Ibovespa) apresentou valorização de 3,7%, e o Índice de Energia Elétrica (IEE) valorizou 6,7%. Nos últimos 12 meses, as ações da empresa valorizaram-se em 131,5% enquanto o Ibovespa subiu 32,0% e o IEE apresentou aumento de 73,1%.