A Universidade Estadual de Londrina (UEL) entregará oficialmente nesta sexta-feira, 8 de novembro, a primeira Usina Fotovoltaica da cidade de Londrina. O sistema é formado por 1.020 placas solares que ocupam uma área de 2 mil metros quadrados do estacionamento da Clínica Odontológica Universitária, e que deverá garantir uma produção de 489,6 MWh/ano, energia suficiente para manter aproximadamente 250 residências médias durante um ano.
A UFV é resultado de investimento público de R$ 4,9 milhões referentes aos Projetos de Eficiência Energética Prioritário e o de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico (P&D) da Aneel, aprovados em Chamada Pública, há dois anos. Além da Usina, o edital contemplou também uma unidade geradora de energia elétrica a biogás que será produzido em biodigestores, instalados na Fazenda-Escola. Essa unidade está em testes operacionais e deverá entrar em funcionamento em breve.
As demais ações contemplaram a substituição de 15 mil lâmpadas fluorescentes por LED e de 40 condicionadores de ar e de 40 destiladores de água por equipamentos mais eficientes e de menor gasto energético, economizando no consumo de energia e também de água. Também foram instalados 40 medidores para avaliar o consumo de Centros de Ensino, órgãos de apoio e demais unidades distribuídas no Campus, sendo que 29 destes foram pelo projeto e outros 11 por conta da UEL. Estas iniciativas totalizaram um investimento de R$ 3 milhões.
Sobre o foco na utilização de resíduos produzidos na Fazenda-Escola, do Centro de Ciências Agrárias, e do Restaurante Universitário, processados por um reator anaeróbio, a ideia é gerar energia elétrica por meio de um conjunto moto-gerador. O investimento total do P&D é de R$ 1,9 milhão para compra de material de consumo, equipamentos e estruturas, além do custeio de bolsas de estudos para estudantes de graduação e de pós-graduação.
Estacionamento possui vagas para 114 carros e deve garantir geração elétrica de 489,6 MWh ao ano (foto: Agência Paraná)
Segundo o reitor, Sérgio Carvalho, o empreendimento coloca a Universidade no caminho da sustentabilidade, seguido por várias instituições públicas que priorizam os investimentos relacionados ao consumo racional de energia. Ele lembra que as ações tiveram início em 2017, com a participação no Edital Público da Copel/Aneel. Além do investimento em equipamentos, o Programa prevê pagamento de bolsas de estudos e de pesquisas aplicadas. “Entendemos que é um projeto institucional de grande porte envolvendo professores, gestores e estudantes”, complementa Carvalho.
O prefeito do Campus, Gilson Bergoc, afirma que a UEL é a primeira Universidade do Paraná a entregar uma obra resultante da chamada pública da Copel/Aneel antes de completar 24 meses da liberação dos recursos. Ele explica que as ações como troca de lâmpadas e medidores foram feitas a mais do previsto no projeto aprovado, em função da economia proporcionada nos certames.
Sobre a usina, Bergoc acrescenta que a estrutura foi projetada e implementada pela própria Prefeitura, desde a fabricação das peças de concreto, com utilização de mão de obra da UEL, até o transporte e montagem. Segundo ele, essa fabricação e instalação proporcionaram economia de quase 70% na montagem completa da estrutura.