A Eletronuclear, subsidiária do Grupo Eletrobras, entrou com um pedido para ampliar o prazo de operação da usina nuclear de Angra 1 por mais 20 anos. A usina entrou em operação em 1985, com o compromisso de operar por 40 anos, que se completam em 2024. A documentação com o pedido de extensão de vida útil foi entregue a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) na quinta-feira, 7 de novembro. O pedido precisa ser feito cinco anos antes do vencimento da licença operacional.
As extensões de vida útil de reatores nucleares vêm ocorrendo no mundo todo e foram possíveis por dois fatores principais. Um deles é o avanço tecnológico, o que permitiu que novos materiais e técnicas sustentassem a segurança das usinas por um tempo maior que o inicialmente projetado. Também pesa na decisão de estender a vida útil o fato de os padrões de segurança adotados inicialmente serem tão rigorosos que permitam uma ampliação do prazo de operação licenciado.
Os Estados Unidos, por exemplo, já realizaram extensão de operação para mais de 70 usinas nucleares, nas quais a vida útil passou, na maioria dos casos, de 40 para 60 anos. Naquele país, já foram iniciados estudos que podem estender a operação das usinas para até 80 anos. Procedimentos de extensão de vida útil de reatores nucleares também ocorreram na França e na República Checa, entre outros países.