A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 716 milhões no terceiro trimestre de 2019. Com isso a empresa reverteu o prejuízo de R$ 2,2 bilhões reportado no mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida chegou a R$ 7,2 bilhões no trimestre, crescendo 9,8% em relação ao terceiro trimestre de 2018. O resultado ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,76 bilhões, superando em 303% os R$ 686 milhões do mesmo trimestre de 2018.

De acordo com a estatal, o resultado foi impactado pelo aumento de R$ 1 bilhão de receita, com destaque para o começo do fornecimento do contrato de comercialização da UTE Mauá 3 e a GAG melhoria (custo anual de geração), de R$ 250 milhões, referentes às usinas que prorrrogaram as suas concesõoes com base na lei 12.783/2013, assim como a redução do seu PMSO recorrente em cerca de 17%, o que representa redução de cerca de R$ 371 milhões no trimestre.

No acumulado do ano o lucro da Eletrobras está em R$ 7,6 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 404 milhões reportados até setembro de 2018. A receita líquida até setembro é de R$ 20,3 bilhões, valor 9,54% acima do ano passado. Já o ebitda, que no final de setembro do ano passado era de R$ 6,76 bilhões, cresceu 4,3%, ficando em R$ 7,05 bilhões. Em 2019, a Eletrobras somou 1.035 MW a sua capacidade, aumento de 4%. Entraram em operação duas unidades geradoras na usina de Belo Monte e uma na UHE Sinop.

O indicador dívida líquida/ebitda ajustado ficou em 1,8 vez, superando a meta da companhia de ficar abaixo de três vezes. A Eletrobras destacou ainda que também registrou melhor desempenho no Programa Destaque em Governança de Estatais da B3, passando de 50 para 56 pontos, sendo 60 a pontuação máxima.