A CPFL Energia estima que o consumo de energia este ano deverá ficar 1,5% acima do reportado pela empresa no ano passado. Um dos motivos é a recente retomada da demanda que a empresa vem registrando desde o final de outubro e novembro. A companhia apontou que entre os motivos para esse aumento está a questão climática, com temperaturas acima da média.
De acordo com o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrella, essa retomada está concentrada basicamente nas classes de consumo residencial e comercial. Na industrial, disse ele em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do terceiro trimestre, há uma queda do consumo em outubro, mas relata uma sinalização de aumento de consumo ao passo que o ano de 2019 será de demanda mais elevada do que em 2018.
“Nossa expectativa é de que devemos fechar com o consumo na média de 1,5% acima de 2018, muito mais concentrado em baixa tensão do que na indústria. O efeito temperatura é o fator mais importante nessa questão”, afirmou ele.
Aliás, para 2020, Estrella aposta em um ano de melhores resultados que em 2019. As perspectivas, segundo ele, são melhores com as novas oportunidades que deverão ser colocadas ao mercado no segmento de distribuição, mas evitou citar nomes. “Faz sentido olharmos essas oportunidades, dado o nosso tamanho no mercado nos colocamos como um player de consolidação em distribuição”, destacou Estrella.
Mas, as ações da companhia não deverão ficar centradas nesse segmento. Com o andamento do processo de integração da CPFL Renováveis, a controladora espera ganhar mais corpo e redução de custos com as sinergias que estão sendo buscadas entre as empresas. Por isso, comentou ele, a elétrica se coloca como um agente de investimentos no setor. Hoje a CPFL Renováveis possui um portfólio de projetos de 2,9 GW nas fontes eólica, solar e em PCHs.
Em transmissão, Estrella reforçou o foco da companhia em investir em ativos estratégicos que possuam sinergias com outros ativos da empresa. Nos últimos anos foram duas subestações específicas no estado de São Paulo. Segundo o executivo, esse modelo de atuação continua e estão monitorando os lotes que foram colocados no leilão, cujo o edital foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica na última terça-feira, 12 de novembro.