A Light reportou um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre deste ano um crescimento de várias vezes ante o ganho de R$ 6 milhões do mesmo período do ano passado. Com esse resultado a empresa turbinou o lucro no acumulado de 2019 que soma até o final de setembro R$ 1,7 bilhão, ante R$ 73 milhões nos nove meses de 2018. Um dos motivos que explicam esse aumento está na receita financeira da companhia que teve atualização do crédito de PIS/Cofins, que atingiu R$ 1,5 bilhão no período.
Por sua vez, o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou ao final do terceiro trimestre R$ 1,1 bilhão, aumento de mais de duas vezes quando comparado ao mesmo período do ano passado. No ano esse valor é de R$ 2 bilhões, incremento de 63% ante o montante apurado de janeiro a setembro de 2018. A empresa novamente aponta a receita  do reconhecimento do trânsito em julgado do processo judicial de exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins como o impulsionador desses valores.
O resultado operacional por segmento de atuação mostra que distribuição apresentou o maior volume no trimestre ante o mesmo período de 2018, com R$ 1,3 bilhão devido ao fator judicial já mencionado. Em geração o resultado foi de R$ 54 milhões e em comercialização houve perdas de R$ 236 milhões. A receita líquida da empresa aumentou 25,4% no trimestre, passando a R$ 3,8 bilhões. Nos nove meses de 2019 esse volume está 11% mais elevado, acumulando R$ 9,6 bilhões.
O mercado faturado registrou um declínio de 3,5% em relação ao mesmo trimestre de 2018, sendo as maiores reduções nas classes residencial e industrial. O volume total apurado de julho a setembro alcançou 6.228 GWh. No ano esse indicador é de queda de 1,1%, com 20.831 GWh. Por sua vez a carga-fio da empresa no trimestre caiu 3,2%, mas no ano o índice é positivo em 2,5%, com 28.059 GWh.
Outro indicador importante da Light, o de perdas totais sobre essa carga-fio nos últimos 12 meses totalizaram 25,93%, em linha com o resultado de junho/19, de 25,76%. Com relação ao volume de perdas totais média móvel 12 meses, observa-se uma estabilização no trimestre encerrado em setembro ante o trimestre anterior. Já o indicador perdas totais/carga fio das áreas possíveis apresentou queda neste trimestre, encerrando em 16,8%, contra 17,1% ao final de junho de 2019. O nível regulatório estabelecido pela Aneel é de 19,62%. Já as perdas não técnicas no mercado de baixa tensão mantiveram a curva ascendente na base de 12 meses que a empresa vem reportando desde setembro de 2017. O índice apurado ao final de setembro ficou em 52,52%, ante os 51,89% de três meses antes. Ao final do terceiro trimestre de 2018 esse volume estava em 42,62%.
O DEC no acumulado de 12 meses foi de 8,40 horas no terceiro trimestre, um aumento de 0,5% em relação ao reportado no trimestre anterior, explicado pela Light como o resultado das tempestades do início do ano. Já o o FEC de 12 meses foi de 4,36 vezes redução de 0,5% na mesma base de comparação.
A empresa investiu R$ 236 milhões no trimestre encerrado em setembro, nível 10,6% mais elevado do que no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano esse montante já é de R$ 602 milhões, 15,7% a mais do que nos nove meses de 2018. Com isso a alvancagem da Light ao final do terceiro trimestre ficou em 3 vezes a relação dívida líquida sobre o ebitda, melhoria de 16,1% ante as 3,57 vezes do fechamento do mesmo trimestre de 2018.