Os consumidores do DME Distribuição pagarão em média 5,29% a mais na conta de energia elétrica a partir de 22 de novembro. O reajuste anual aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica terá impacto maior para os consumidores da alta tensão, que terão aumento médio 10,33%, contra 2,05% na média dos clientes atendidos em baixa tensão.

A inclusão de 13,01% em custos financeiros é o item que mais vai pesar na tarifa da concessionária nos próximos 12 meses. A compra de energia representou 1,76% e o custo de transmissão 0,98%. Os encargos setoriais tiveram redução de 5,16% e o custo de distribuição saiu 0,88%. Foram retirados da tarifa 4,42% em componentes financeiros que foram pagos pelos consumidores desde o último reajuste.

Um custo que tem pressionado as tarifas da DMED é o alto nível de sobrecontratação, que está em 44%. Segundo a Aneel, a empresa já tinha garantido o suprimento de seu mercado consumidor em leilão regulado, mas teve mais energia das usinas em regime de cotas alocada à sua carteira de contratos em 2015.

A situação será analisada pela agência reguladora, que vai avaliar se o DMED usou os instrumentos disponíveis para reduzir o nível de contratação. Essa redução contratual pode ser feita pelo Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits e pelo Mecanismo de Venda de Excedentes. A distribuidora atende 37 mil unidades consumidoras no município mineiro de Poços de Caldas.