A Aurora Alimentos obteve uma economia média de 32% nos contratos de energia elétrica fechados no mercado livre desde 2005, quando em comparação com as tarifas praticadas no mercado regulado. Atualmente, os contratos do mercado livre abastecem nove unidades consumidoras da empresa, que somam um consumo de energia de 32 MW med. Para atender essa demanda, a cooperativa firmou contratos de longo prazo, sendo que a maior parte deles – 26 MW med – estão contratados com a Electra Energy até 2026.
De acordo com a diretora de Gestão de Clientes da comercializadora, Angela Saraiva, foi construída uma parceria de longa data com a Aurora, desde a migração das primeiras unidades consumidoras. Ela lembra que a empresa de alimentos está entre os clientes mais antigos da Electra. Dos 18 anos da comercializadora, a parceria existe há 14 anos. Hoje, aproximadamente 45% da energia usada pela cooperativa – que atua principalmente no processamento de aves, suínos e lácteos – é negociada no mercado livre. Para Anderson Facco, do setor de Engenharia e Manutenção da cooperativa, é uma opção muito boa para quem usa um grande volume de energia. Mas, para obter um bom resultado, ele avisa que tem que se conhecer bem o mercado e a indústria, além do seu histórico e as perspectivas para os próximos anos.
Dentre os desafios, o especialista destaca a volatilidade dos mercados de processamento de carne. Segundo Facco, em menos de um ano, podem ocorrer variações muito significativas na produção, o que interfere diretamente no montante de energia utilizado. Alterações no mercado externo ou interno podem afetar a produção nas unidades da Aurora. Na prática, a volatilidade do segmento exige cuidado constante com a energia contratada. Isso porque, dependendo dos acontecimentos, a empresa modifica rapidamente as plantas produtivas utilizadas, conforme as características de cada segmento e unidade.
Por atuar na área de alimentos, mais da metade dos gastos de energia da Aurora é com refrigeração. Para reduzir o impacto da atividade nos custos finais, a cooperativa busca constantemente por soluções mais eficientes em suas novas unidades produtivas. As plantas mais novas da Aurora gastam média, 25% menos energia do que as mais antigas.