Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) contratou a consultoria internacional IHS Markit para identificar os atributos da fonte. Um resumo do estudo foi apresentado nesta terça-feira, 19 de novembro, em evento em São Paulo.

Intitulado “Os atributos da fonte solar fotovoltaica e sua contribuição para a modernização e sustentabilidade do setor elétrico brasileiro”, o estudo avaliou diversos mercados de energia no mundo, considerando aspectos como o mix de geração, participação das renováveis/projeção de crescimento da matriz nos próximos anos, modelos de contratação e comercialização de energia.

“Do ponto de vista da IHS, realizamos o estudo considerado as melhores práticas internacionais e sem nenhum viés, tentando capturar o máximo daquilo que está sendo feito de boas práticas de reestruturação de modelos de setor elétrico no mundo”, disse Emanuel Simon, diretor associado do IHS Markit.

Segundo Simon, as propostas do Ministério de Minas e Energia estão alinhadas com a visão da consultoria. A discussão que precisa ser feita é como implementar todas essas inovações sem causar uma disrrupção no mercado de energia. Para Simon, o Brasil tem evoluindo bem nessa discussão, com a vantagem de ter um sistema operado de forma centralizada.

Como verificado no resto do mundo, a reestruturação de modelos setoriais é um processo longo. O primeiro passo, sugere o estudo, é definir para onde o mercado brasileiro quer evoluir, colocar os fundamentos em prática sem se preocupar com especificidades. Em um terceiro momento, realizar ajustes finos na regulação ao longo do tempo.

Uma das principais conclusões do estudo é que o setor elétrico brasileiro deverá caminhar para a unificação dos mercados livre e regulado, com preço granulares, semelhante ao sistema nodal que é aplicado no México. A criação de um mercado de capacidade também é outro ponto de concordância.

O Brasil possui um sistema zonal, com preços calculados por submercados. O México possui um sistema nodal, com preços calculados para mais de 5 mil “nós” da rede de transmissão, que são as subestações da rede básica. Para IHS, o Brasil deveria caminhar para um preço nodal.

No contexto da energia solar, o estudo buscou identificar os atributos da fonte e concluiu que a tecnologia, quando olhada pelo aspecto horário, também é capaz de entregar capacidade, em algumas regiões do país, essa geração coincide com os momentos de maior demanda do sistema. A fonte também possui previsibilidade de geração, está próxima dos centros de carga e consegue “correr” atrás dos sistemas de transmissão.

“O que Absolar está propondo hoje é que se calcule de forma correta os atributos que a eólica, a solar, a hidro e as térmicas têm, e que se faça um leilão baseado nesses atributos, considerando preço de energia, ‘despachabilidade’, previsibilidade e aspectos ambientais”, disse Márcio Trannin, vice-presidente do Conselho de Administração da Absolar.