A oferta interna de energia elétrica aumentou 1,7% em 2018 na comparação com o ano anterior, de acordo com dados do Balanço Energético Nacional, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética. Foram 10,7 TWh a mais. A boa hidrologia do ano levou a uma subida de 4,1% na energia hidráulica oferecida. A participação das fontes renováveis na matriz elétrica chegou a 83,3% no ano passado. Ainda de acordo com o BEN, a geração de energia eólica registrou um crescimento de 14,4%, com 48,5 TWh. Já a potência eólica teve expansão de 17,2%, chegando a 14.392 MW.

A oferta interna de energia, que é o total de energia disponibilizada no país, teve um recuo de 1,7% na comparação com o ano passado. O aumento da oferta da fonte hídrica e eólica na geração de energia junto com a diminuição do consumo em vários segmentos, como alimentos e bebidas, que recuou 17,4%; não ferrosos e metalurgia, que caiu 20,2% e rodoviário, que caiu 1,2%, fizeram com que a oferta de gás tivesse redução de 5,4% e a de petróleo caísse 6,5%.

A Geração Distribuída recebeu atenção especial no BEN. Em 2018 ela chegou a 828 GWh de geração, mais que dobrando na comparação com 2017 e 670 MW de potência, quase triplicando o resultado do ano anterior, de 246 MW. A fonte solar mantem o predomínio na GD, com 526 GWh de consumo e 562 MW de potência instalada. A fonte hidráulica vem em seguida, com 58,9 MW, sendo seguida pela térmica, com 38,1 MW e pela eólica, com 10,3 MW.

Na geração elétrica, o balanço mostra que a geração total cresceu 2,1%, ficando em 601,3 GWh. A geração hidrelétrica cresceu 4,9% no ano passado, indo para 388,9 GWh. O gás natural teve recuo de 16,7% em 2018, com 54,6 GWh. A geração térmica, que teve participação de 26,7% em 2018, foi liderada pelas usinas movidas a gás, que foram 34% e pela UTEs a Biomassa, com participação de 33,9%. As usinas a carvão e derivados foram 12,7% da geração termelétrica, enquanto as nucleares tiveram uma parcela de 9,8%. A participação das usinas movidas a derivados de petróleo foi de 9,6% em 2018.

As emissões antrópicas de CO2 associadas à matriz energética brasileira em 2018 atingiram 416,1 MtCO2 -eq, valor 5,2% menor que o de 2017, de 438,8 MtCO2-eq. A emissão per capita do brasileiro, ao produzir e consumir energia, é de 2tCO2/hab, 7,5 vezes menor que a dos americanos e três vezes inferior a de um chinês. Já para gerar uma unidade de produto, a economia brasileira emite, na produção e consumo de energia, 0,15 kgCO2 /US$ppp. O valor é 17% menor que o da economia europeia, 48% inferior ao da americana e 68% abaixo da chinesa.