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A GreenYellow, empresa que atua em eficiência energética e energia solar, inicia em janeiro de 2020 uma nova frente de atuação no Brasil. A companhia iniciará a sua operação em comercialização de energia. O despacho com a autorização por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica foi publicado na última quarta-feira, 20 de novembro, agora a empresa estima obter a autorização junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica até meados de dezembro.
Com isso, a companhia já estará pronta para seus primeiros contratos no início de janeiro. Inclusive, já está próxima de assinar um acordo de 20 MW médios com um grande cliente e há outras negociações em estágio avançado. A meta da companhia de origem francesa, e que faz parte do grupo Casino, é de que nos primeiros 12 meses obtenha faturamento de R$ 80 milhões.
Segundo Gabriel Vibert, diretor de estratégia e inovação da GreenYellow no Brasil, a decisão de entrar no mercado deriva de uma orientação de novos sócios investidores na empresa. Recentemente, o BPI e o fundo de investimentos Tikehau Capital aportaram 150 milhões de euros e se tornaram donos de 25% do capital social da empresa. A missão, contou o executivo, é a de alcançar crescimento nos mercados em que atua e em novos segmentos de negócios, por isso, a decisão de atuar no mercado livre brasileiro.
E ainda explicou que iniciar a comercialização de energia é um passo importante para a companhia. “Temos expertise no negócio de energia e fazemos parte de um grupo francês consolidado, o que nos confere credibilidade para atuar neste mercado de comercialização e gestão de energia, no qual muitas empresas não possuem uma área ou têm facilidade de fazer essa gestão. Certamente, o grande diferencial da companhia no contexto da comercialização de suprimento energético é o fato de poder oferecer um pacote completo para os clientes, desde a venda do recurso até a gestão e possível redução no consumo por meio de ações de eficiência energética”, comentou o executivo, antes da abertura do 11º Encontro Anual do Mercado Livre, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia – Informa Markets.
Ele explicou que a empresa atuará inicialmente no mercado de comercialização varejista, apesar da autorização para ser uma comercializadora tradicional. O foco está em fornecer o conhecimento da Green Yellow para empresas de menor porte. Mas ressaltou que não será apenas esse o mercado a atuar. “Queremos oferecer a seriedade e confiança ao mercado”, afirmou ele, ao lembrar dos problemas de liquidez que o setor teve no início do ano.
No momento a operação se dará por meio da compra de energia no mercado livre e a venda a seus clientes. Mas, ao longo de 2020, revelou Vibert, a Green Yellow deverá tomar uma decisão de investimento em novos ativos de geração para comercializar além de energia de terceiros a sua própria energia. Ele afirmou que essa é uma ação que já está em estudo pela companhia e que deve ser por meio de usina nova que está em desenvolvimento. Contudo, não descarta a possibilidade de que haja uma aquisição, caso o mercado mostre que há uma boa oportunidade de negócio.
Por isso, disse ele, a tendência é de que esse ativo de geração possa estar em operação, na melhor das hipóteses, entre o final de 2021 e início de 2022.
Vibert comentou ainda que este anúncio reforça o compromisso da GreenYellow em oferecer uma solução completa a seus clientes, desde a comercialização, monitoramento até a gestão da energia, visando eficiência.
Desde que começou a atuar no país, a companhia calcula ter investido cerca de R$ 600 milhões em projetos de eficiência energética e de geração solar distribuída. Está prestes a alcançar mil projetos de eficiência energética implementados, além de usinas fotovoltaicas que chegarão em 50 MWp de potência instalada ainda em 2019.