A Copel decidiu realizar novo aporte de capital na térmica Araucária (UEGA) no valor total de R$ 15,3 milhões. O montante é destinado manter as operações da central, sendo R$ 11,5 milhões correspondente à participação da Copel-GT e de até R$ 3,8 milhões pela Copel Holding, com a consequente alteração do contrato social para refletir a integralização do capital social. A usina deverá participar dos próximos leilões de energia existente A-2, no mês de dezembro e A-4 e A-5 no ano que vem.
A UEGA, argumentou a empresa, detinha caixa disponível apenas para honrar seus compromissos vincendos até a data de 14 de novembro. Caso não fosse realizado o AFAC solicitado, a viabilidade financeira da usina ficaria comprometida, com implicações como a incidência de encargos moratórios contratuais, desligamento da CCEE, inscrição no CADIN, obstando a participação em leilões de venda de energia, risco de afetar o grupo Copel em função de diversas cláusulas de inadimplemento em contratos de financiamento, entre outros. Além desses riscos, o colegiado optou pela aprovação diante de nova deliberação por parte da Petrobras de não realizar novos aportes na central de geração.
Para o ano de 2020, o valor previsto para o primeiro quadrimestre já está calculado, é de R$ 30,9 milhões, necessários para viabilizar a continuidade das atividades e, consequentemente, permitir sua participação nos Leilões de Energia Existente A-4 e A-5 de 2020, que serão realizados em março do ano que vem.
Já sobre os aportes para o próximo ano, o conselho decidiu que somente se posicionará a respeito deste assunto após a apresentação do plano de negócios, conforme o compromisso assumido pela administração da UEGA de entrega da revisão do plano devidamente aprovado pelo seu colegiado para deliberação por parte das sócias.
Ainda no encontro realizado na primeira quinzena de novembro e cuja ata foi divulgada no site da Comissão de Valores Mobiliários na última sexta-feira, o grupo aprovou a prestação de Garantia Corporativa vinculada ao Contrato de Compra e Venda de Gás Natural a ser celebrado entre a UEGA e a Petrobras, com condição resolutiva a hipótese de a UEGA não ser vitoriosa no Leilão A-2.
A usina somente poderá participar da disputa caso o contrato seja aprovado pelos órgãos competentes das partes e celebrado pelas mesmas antes da data de realização do certame. Mas só entrará em vigor se houver a venda de energia no leilão. O valor da garantia ficou em R$ 168,1 milhões sendo R$126 milhões relativos à participação da Copel-GT.