No âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), a Eletrobras lançou nessa segunda-feira, 2 de dezembro, a chamada pública Procel Edifica – NZEB Brasil. NZEBs (Near Zero Energy Buildings, na sigla em inglês) são edificações de alta eficiência energética com geração distribuída associada a partir de fonte renovável e que alcançam um balanço anual energético próximo de zero. Serão R$ 4 milhões em recursos no total, sendo R$ 1 milhão para cada beneficiário selecionado, conforme definido no Plano de Aplicação de Recursos do Procel 2018.

Além de construir as edificações com o valor de até R$ 1 milhão, os beneficiários selecionados também deverão promover sua visitação à sociedade, de forma continuada. Além disso, deverão franquear suas instalações para que a Eletrobras/Procel possa promover o processo de medição e verificação, durante um ano de operação. Para aumentar o interesse nas visitações, terão preferência projetos de edificações construídas em localizações estratégicas.

Segundo a estatal, os projetos serão analisados criteriosamente na etapa preliminar e as propostas serão pontuadas por meio de quatro premissas: sustentabilidade, visitação, novas tecnologias e uso da edificação. Os projetos que chegarem à etapa final serão avaliados segundo os novos regulamentos para a etiquetagem de edificações.

Em todo o mundo é crescente a adoção de políticas de fomento à construção de NZEBs. Estas políticas trazem benefícios energéticos, econômicos e ambientais, com a redução do consumo de energia e das emissões de gases do efeito estufa. A disseminação deste conceito no Brasil permitirá que a indústria da construção civil nacional volte sua atenção para este tipo de construção que, por ter um balanço anual energético próximo de zero, contribui diretamente para a redução do consumo de energia elétrica.

A ideia é que as edificações da chamada pública sirvam como modelos demonstrativos para projetos e gestões de edificações futuras, permitindo em médio prazo que estes modelos sejam replicados, encorajando mais investimentos neste tipo de edificações, fazendo com que estes projetos, que trazem benefícios ambientais e sociais, se tornem cada vez mais frequentes no país. Pretende-se, assim, demonstrar não só que é possível construir prédios supereficientes, com conforto térmico e gerando energia através de fontes renováveis, como também que tais projetos são viáveis economicamente.