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Quatro brasileiros se juntaram para criar uma plataforma de criptoativos que conecta empresários brasileiros que precisam financiar os seus projetos com investidores europeus famintos por ativos que entreguem boa rentabilidade. Essa é a proposta da SPPYNS (pronuncia-se “ispins”), um marketplace de criptoativos, com sede em Zug, na Suíça.

A empresa começou a operar em maio de 2019 como um marketplace de fundos criptomoedas (arbitragem, short&long, derivativos, etc) e em outubro deste ano inaugurou a TAS, uma plataforma de tokenização de ativos. O Token, ou chave eletrônica, funciona como uma representação de ativo, que pode ser comprado em frações com criptomoedas.

Como funciona: o empreendedor disponibiliza o seu ativo na SPPYNS, que o divide em várias fatias, os tokens (que equivale à participação acionária), e disponibiliza esses tokens na plataforma, acessada por investidores institucionais de qualquer parte mundo. O pagamento é feito em bitcoins, ou seja, o acesso é global, sem intermediários ou barreiras.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, em São Paulo, o gerente geral e sócio da plataforma, Rodrigo Borges, explicou a razão da empresa ficar na Suíça. O Brasil não tem um marco regulatório para o setor de criptoeconomia, nem previsão sobre quando terá. No entanto, isso não impede que empresários e investidores brasileiros utilizem a SPPYNS.

Foram investidos na plataforma mais de R$ 2 milhões. “O capital da SPPYNS é tokenizado, representado 100 milhões de tokes, dos quais já comercializamos parte desse capital com 34 investidores”, disse Borges. Os demais sócios são Lucas Cabral; Gabriel Moreira, diretor na Oracle; e Leonardo Faviere, ex-XP Investimentos e sócio da CIGA Invest.

A tokenização de ativos, garante a empresa, é uma forma muito mais barata e prática para o pequeno ou médio investidor (projetos de até US$100 milhões) levantar capital estrangeiro. Em uma operação de IPO, por exemplo, os custos chegam até a 30% do valor do projeto. No caso desse tipo de operação, o valor cai para, em média, 6% do valor a ser captado.

“Nossa missão é criar um processo de disrupção de tal forma que um investidor da Tailândia consiga comprar uma cota de um investimento de energia no Brasil”, afirmou Borges. Para facilitar o processo, foi criado um Smart Contract, que resume as características do projeto a ser tokenizado, com as regras do negócio, valuation, a performance do ativo, entre outros mecanismos que oferecem segurança à operação. No futuro, essas cotas poderão ser negociadas em um mercado secundário.

Borges explicou que só na Suíça há trilhões de Euros aplicados a juros negativos e, portanto, existe uma demanda enorme por bons investimentos no mundo. A empresa está com nove projetos brasileiros em estudo, com potencial de captação de R$ 300 milhões, sendo três em fases avançadas para serem lançadas na plataforma.

Os projetos de energia, além de rentáveis e seguros do ponto de vista de recebíveis,  também têm grande atratividade em razão do apelo ambiental. Ainda nessa semana, publicaremos uma segunda reportagem mostrando o primeiro case brasileiro de energia a ser tokenizado pela SPPYNS, previsto para ser lançado em 2020.

Criptomoedas transformarão a forma de financiar projetos e empresas