Trabalhadores da Companhia Energética de Brasília entraram em greve nesta terça-feira (3) por tempo indeterminado, em razão da decisão da empresa de não conceder reajuste salarial. A paralisação foi decidida em assembleia na semana passada pelos eletricitários, que denunciaram a falta de diálogo da direção da empresa na negociação da data base.
O Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal informou em nota à imprensa que além de não oferecer nem a reposição da inflação, a diretoria da empresa propõe a retirada do tíquete natalino, redução de um terço das férias, fim do quinquênio e da indenização por morte e invalidez não decorrente de acidente de trabalho.
Segundo a nota, o objetivo da greve “é a busca por melhores condições de trabalho para a categoria.” A paralisação, afirma o Stiu DF, é a única maneira que os trabalhadores têm de garantir uma negociação justa com a CEB. Segundo os sindicalistas, a direção da empresa teria ameaçado chamar a polícia para “estabelecer a ordem” em caso de greve.
“O que eles pedem hoje, do ponto de vista da empresa, é impossível de pagar”, disse o governador Ibaneis Rocha em entrevista. Ele defendeu a privatização da distribuidora e criticou os altos salários na companhia. A redução de benefícios e de salários também foi defendida pelo presidente da CEB, Edison Garcia.