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Uma proposta de regulamentação para os projetos híbridos de energia foi apresentada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e teve boa recepção, segundo uma executiva do setor elétrico. O estudo é fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e a Associação Brasileira dos Produtos Independentes de Energia Elétrica (Apine).

“Como já fizemos um estudo do que seria uma proposta de modelo regulatório e entregamos à Aneel, acreditamos que de fato teremos uma regulamentação de projetos híbridos em 2020”, disse a presidente da ABBEólica, Elbia Gannoum, após participar do Bahia Energy Meeting, em Salvador, na última terça-feira, 3 de dezembro.

De acordo com a executiva, há grande interesse do mercado em desenvolver projetos híbridos, tanto por conta dos benefícios técnicos para o sistema quanto pelo ganho de competitividade que esse tipo de arranjo proporcionará para as fontes solar e eólica.

Os projetos híbridos representam a busca por eficiência no uso das redes de transmissão, que na maior parte do tempo acaba ficando ociosa. O segundo objetivo é melhorar a curva de carga dessas fontes, mitigando riscos e proporcionando maior previsibilidade de geração.

No Brasil, as empresa Voltalia e Enel Green Power partiram para o pioneirismo em projetos híbridos, porém, as usinas são identificadas como projetos separados, portanto, cada planta precisa pagar integralmente o Montante de Uso do Sistema de Transmissão (MUST) – item que representa o principal custo de transmissão de uma usina.

“Tecnicamente a solar e eólica se complementam. Portanto, na hora do agente dimensionar o risco do empreendimento, ele consegue mitigando o risco, logo, a precificação tende a ser menor”, explicou Gannoum. A ideia é ter um único MUST para os parques híbridos. “Não é necessariamente dividir pela metade, mas é uma combinação do uso de dois parques”, disse Gannoum, que acredita que o processo de regulamentação das híbridas será rápido. “Não acredito que vamos perder tanto tempo nessa regulamentação, a discussão está bem madura e a Aneel está disposta a fazer”, concluiu.

PLD Horário – Para fonte eólica, a regulamentação dos projetos híbridos também é estratégica, porque em 2021 entrará em vigor o preço horário de energia. A fonte eólica deverá ser a mais impactada, pois sua geração acontece em maior parte durante o período noturno, quando os preços da energia são menores.

*O repórter viajou a convite da Eolus Consultoria.