A CTG Brasil anunciou crescimento de 50% em relação ao ano passado em seus investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento. Em 2019, a empresa está investindo R$ 12 milhões em 23 projetos, detalhados no seu Anuário P&D 2019, que acaba de ser disponibilizado em versão online. De acordo com Evandro Vasconcelos, vice-presidente de Geração e Comercialização da companhia, a empresa vem intensificando a busca e incorporação de novas tecnologias, como inteligência artificial, big data, bioprocessamento avançado, biotecnologias, redes de comunicação e Internet das Coisas. O objetivo é desenvolver projetos que contribuam para a resolução dos desafios do setor, aumentem a segurança na geração de energia e gerem valor para toda a sociedade.
Para orientar suas atividades de P&D em 2019, a CTG Brasil desenvolveu um road map tecnológico. De acordo com Vasconcelos, o trabalho consistiu em identificar e mapear as principais linhas de projetos relacionadas à estratégia da CTG Brasil, por meio de workshops e entrevistas com diversas áreas da empresa. Para os próximos cinco anos, já estão previstos investimentos adicionais de ao menos R$ 100 milhões em P&D, frutos da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial para a criação do Clean Energy Innovation Hub, focado em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que contribuam com a geração de energia limpa no Brasil.
Atualmente, quase metade do portfólio de projetos de P&D da CTG Brasil é voltada à preservação do meio ambiente. Ao todo, são 10 projetos dedicados a encontrar soluções para questões ambientais. Um exemplo, iniciado em 2019, é o desenvolvimento de tecnologias reprodutivas para preservar uma espécie de peixes ameaçada de extinção, a piracanjuba. O projeto tem investimento de R$ 7,1 milhões e é realizado em parceria com o Instituto Chico Mendes, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais e o Laboratório de Biotecnologia de Peixes. Ainda em 2019, foi entregue a primeira fase do projeto de desenvolvimento de tecnologias para valoração do capital natural em programas de meio ambiente. O trabalho visa mensurar a despesa financeira evitada por empresas de diversos segmentos a partir da preservação do meio ambiente. Com investimento inicial de R$ 2,7 milhões, o projeto, desenvolvido em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas, entrará na segunda fase em 2020, com duração prevista de três anos.
Do ponto de vista da eficiência operacional, uma das principais iniciativas foi concluída em 2019, com a criação de um modelo computacional que facilita a definição da estratégia de comercialização da energia de usinas hidrelétricas. Além disso, estão em andamento projetos de previsão de demanda e preços de energia e lastro para os mercados livre e regulado e de geração distribuída. A CTG Brasil também está liderando o desenvolvimento de uma ferramenta computacional que busca contribuir para uma sinalização mais precisa da necessidade de acionamento de usinas de diferentes fontes de geração de energia para atendimento ao consumo de energia elétrica no País, colaborando com a correta formação de preço do insumo.