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O setor elétrico ganhou mais de 100 novas comercializadoras de energia elétrica de dezembro de 2017 a outubro de 2019, informou um funcionário da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) durante evento na semana passada na Bahia. O número de comercializadoras saltou de 219 para 324, e há mais 68 empresas na fila para entrar nesse mercado.
“Temos que tomar cuidado para não deixar pessoas com pouco capital trabalhar no mercado, mas podemos afirmar que o mercado livre está bastante aquecido”, disse o gerente executivo de relacionamento com o cliente da CCEE, Rodolfo Aiex. Pelas regras atuais, para abrir uma comercializadora é preciso de um capital mínimo de R$ 1,2 milhão.
Desde 2017, o mercado livre está em expansão. Nos últimos quatro anos, o número de agentes na CCEE cresceu 171%, totalizando 8.795 agentes. Os consumidores representam 78% (6.870) dos agentes no mercado livre. Há ainda 48 distribuidoras de energia, 1.553 geradores de energia e 16 comercializadores varejistas.
Segundo Aiex, existe uma fila de agentes que estão em processo de adesão na CCEE. Além das 68 comercializadoras, há ainda 572 consumidores aguardando a aprovação da Câmara e 13 comercializadores varejistas.
Aiex destacou que esse resultado também é fruto de aprimoramentos feitos pela CCEE: como melhorias sistêmicas, redução da burocracia, simplificação dos processos de adesão e ações de relacionamento com novos agentes.
De acordo com a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), nos últimos 16 anos, os consumidores do mercado livre de energia elétrica economizaram aproximadamente R$ 200 bilhões nas contas de eletricidade.
Atualmente esse mercado representa 32% de toda a energia elétrica consumida no Brasil. A entidade destaca que os preços da energia no mercado livre foram em torno de 30% menores que as tarifas reguladas das distribuidoras no mesmo período.