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A Pacto Energia e o Grupo Interalli investiram R$ 42 milhões para antecipar a operação comercial da PCH Recanto em mais de 1 ano e conseguiram aumentar a taxa interna de retorno (TIR) do empreendimento em cerca de 10 pontos percentuais vendendo energia no mercado livre, disse o presidente da Pacto, Rodrigo Pedroso, em entrevista à Agência CanalEnergia.
A pequena central hidrelétrica Recanto (9,1 MW) vendeu energia no leilão A-5 de 2016, ao preço de R$ 192,88/MWh, com prazo definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para entrar em operação em janeiro de 2021. Porém, a agência autorizou a operação comercial da usina em 21 de dezembro deste ano, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União.
Segundo Pedroso, parte da garantira física de 5,32 MW médios foi totalmente vendida em 2020 ao preço de R$ 238/MWh. “A expectativa é que a gente tenha um aumento de 10p.p. na TIR”, disse o executivo.
A estratégia de vender no leilão e antecipar a obra para lucrar no mercado livre tem sido uma aposta frequente entre os agentes de geração com mais apetite a risco. As transmissoras também têm adotado essa estratégia, no entanto, a antecipação visa um “prêmio” financeiro pela conclusão da obra antes do prazo oficial.
De acordo com Pedroso, entre inventário, projeto, licenciamento, aprovação na Aneel, etc, a PCH Recanto vem sendo desenvolvida há 10 anos. São 155 metros de queda d’água e apenas 20 hectares de reservatório, contando com a calha do rio em Tangará da Serra, no Mato Grosso.
“Para mim, está muito claro que a expansão do parque gerador será através do mercado livre”, disse o executivo. “Essa abertura está muito bem sinalizada, seja do ponto de vista governamental, seja do ponto de vista do mercado de energia”, completou.
Com 5% de participação da PCH Recanto, a Pacto tem focado no desenvolvimento de projetos solares e está com mais de 5 GW em carteira, além de ter 40 MW em PCHs em operação e 162 MW em energia solar com a sócia Kroma Energia.
O Grupo Interalli, dona de 95% do capital social da nova usina, também é dona da PCH Santana, que também está em operação no Mato Grosso, além de investir em projetos solares no Piauí.
(Nota da Redação: matéria alterada em 27 de dezembro de 2019, às 10h25, para correção do valor do investimento informado e inclusão das participações dos acionistas na PCH Recanto)