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O Climatempo em parceria com a CPFL Energia desenvolveu um projeto que traduz os impactos das condições do tempo nas áreas de concessão das distribuidoras do grupo. O Weather Translator System, com investimentos de R$ 2,5 milhões, veio no âmbito do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica e de conversas entre as duas empresas desde 2015. De acordo com Gilca Palma, diretora do Climatempo, apesar do setor elétrico ser um dos que mais usa meteorologia, havia uma lacuna após a previsão em como traduzir os efeitos do clima na operação. “Sempre ficava essa dúvida e acabava sendo interpretada pelos operadores mais antigos. Isso leva a uma subjetividade muito grande”, explica.

O WeTS, que já está em operação, juntos com os dados da distribuidora consegue prever qual vai ser o impacto na rede de distribuição de um evento climático. Ele permite saber por exemplo, onde a chuva vai ser mais forte e o sistema cria um grande detalhamento de informações que consegue detalhar as áreas que vão ser mais afetadas por um temporal.  “Conseguimos antecipar decisões, evitando deslocamentos desnecessários, mas também estando prontos”, avisa Thiago Guth, diretor de operações da CPFL. Segundo ele, outro ponto que a solução trouxe é que com a operação integrada, serviços comerciais, como ligações novas e religações eram paralisados em virtude de previsões meteorológicas. Agora, sabendo onde vai ser o impacto do evento, apenas uma região é replanejada, em benefício de toda a empresa.

Ainda segundo Guth, a solução tem trazido grandes resultados e será usada no verão. O estado do Rio Grande do Sul, onde o grupo CPFL atua pela RGE, é aonde o WeTS poderá ter o melhor desempenho. São comuns nessa época do ano as fortes tempestades de verão que acabam por causar grandes impactos na rede de distribuição. “Tivemos temporais recentes que o uso dele nos trouxe uma antecipação de atuação final e o resultado final foi muito bom”, comenta. O WeTS também está em uso em SP.

Baseado em redes neurais e inteligência artificial, o WeTS é considerado pela diretora do Climatempo uma quebra de paradigmas, de como o setor pode consumir a meteorologia. “Você treina ele para aquelas condições da CPFL no RS e SP. Tira a responsabilidade dos operadores de tentar traduzir aquela chuva”, salienta. A solução também pode ser usada na transmissão de energia.

Recentemente, o WeTS foi contemplado com o prêmio de campeã na categoria Projeto Inovador no prêmio Projeto e PMO do ano, da revista Mundo Project Management. Para Thiago Guth, o prêmio veio pela inovação que o software de decisão traz para a distribuição de energia. “Essa forma de traduzir o parâmetro meteorológico para o impacto na distribuição é a grande inovação do projeto, levado casos reais do Rio Grande do Sul”, ressalta. A CPFL projeta ainda uma evolução da solução, que defina além do impacto o número de equipes previamente despachadas, substituindo a decisão humana por algoritmos.