A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informou nesta sexta-feira, 27 de dezembro, que o Preço de Liquidação das Diferenças para a primeira semana de janeiro (28 de dezembro a 3 de janeiro), subiu 49%, em todos os submercados, em relação à semana passada ao sair de R$ 195,13/MWh para R$ 290,33/MWh. Segundo a CCEE, o principal fator responsável pelo aumento é a estimativa menos otimista das afluências. Na carga pesada, o PLD ficou em R$ 294,99; na média em R$ 294,02; e na leve, em R$ 287,17, em todos os submercados.
Para dezembro de 2019, espera-se que as afluências fechem em torno de 71% da Média de Longo Termo para o sistema, estando abaixo da média para todos os submercados: no Sudeste/Centro-Oeste, é de 82%; no Sul é de 61%; no Nordeste, 42% e, no Norte, 54% da MLT.
Por sua vez, para janeiro de 2020, a estimativa é que as afluências fechem em torno de 66% da MLT para o sistema, estando também abaixo da média para todos os submercados: no Sudeste/Centro-Oeste, é de 75%; no Sul é de 64%; no Nordeste, 29% e, no Norte, 58% da MLT.
Para a próxima semana, a previsão para a carga prevista do SIN não sofreu alteração. Já para o horizonte de médio prazo (NEWAVE – cinco anos), em função das novas premissas do planejamento anual da operação energética ciclo 2020 (2020-2024), a carga prevista teve redução média de aproximadamente 100 MWmédios. As demais premissas — como necessidade de geração por restrições elétricas e limites de intercâmbio entre os submercados — também foram revistas.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.919 MWmédios mais baixos em relação ao esperado. A redução foi verificada no Sudeste (-2.104 MWmédios), Nordeste (-33 MWmédios) e no Norte (-67 MWmédios). No Sul, os níveis estão mais altos (+ 285 MWmédios).
A partir de janeiro de 2020, o modelo NEWAVE passa a ser processado com a versão 27 e o modelo DECOMP com a versão 30, aprovadas pelo Despacho ANEEL nº 3.309/2019.
O fator de ajuste do MRE para o mês de dezembro de 2019 está estimado em 85,2% quando considerado a sazonalização da garantia física realizada pelos agentes. Já para fins de repactuação do risco hidrológico, ou seja, quando se considera a sazonalização flat da garantia física, o fator fica em 78,5%. Para janeiro de 2020, o fator de ajuste é esperado em 90,4%. A CCEE ressaltou que a previsão para janeiro considera apenas a sazonalização flat da garantia física, uma vez que a sazonalização realizada pelos agentes ainda não foi divulgada.
O ESS previsto para dezembro de 2019 está em R$ 11 milhões, sendo em sua totalidade referente à restrição operativa. Para janeiro de 2020, a previsão é de R$ 1 milhão, relativa apenas às restrições operativas.