A primeira revisão semanal do Programa Mensal de Operação para janeiro trouxe uma piora nas condições para o período e com isso o aumento do Custo Marginal de Operação em todo o país. De acordo com o documento publicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, o valor médio subiu 25,9% ante a semana que termina nesta sexta-feira, 3 de janeiro. Para os próximos sete dias o CMO médio é de R$ 361,62/MWh em todos os quatro submercados do país. No patamar de carga pesada está em R$ 367,43/MWh, no médio ficou estabelecido em R$ 364,40/MWh e no leve em R$ 357,22/MWh.
A previsão de energia natural afluente nos dois maiores submercados recuou. No Sudeste/Centro-Oeste passou de 75% para 70% da média de longo termo, cerca de 3 mil MW médios a menos do que era esperado para o fechamento do mês. No sul o volume esperado recuou de 64% para 46% da MLT, no norte caiu de 58% para 53% e no Nordeste está o único avanço, passou de 29% para 43% da média histórica.
O nível esperado de armazenamento nos reservatórios segue essa mesma curva. Apesar de estarmos em período de recuperação, a velocidade agora deverá ser menor. No SE/CO o volume para o fechamento de janeiro foi atualizado para 22,2%, no sul para 28%, no norte é projetado em 19,6%, todos esses indicadores estão menores do que o estimado para o final deste mês na versão original do PMO. No NE está a única elevação ante a expectativa da semana anterior, a nova projeção é de encerrar o mês com 42,2%.
Um outro indicador que tem influência direta é a expectativa de carga que, apesar de ainda apresentar queda ante janeiro de 2019, é de retração menor do que a estimada inicialmente. Agora o ONS aponta a perspectiva de queda de 0,8% no consumo ante queda de 1,1% na semana passada. São esperados índices negativos no SE/CO e sul, de 2,7% e de 0,8%, respectivamente. No sentido contrário, crescimento de 3% no NE e de 5,7% no norte.
A programação de despacho térmico aumentou em cerca de 400 MW médios quando comparado com o volume da semana passada. São 11.402 MW médios, desse volume, o maior montante por ordem de mérito, com 6.494 MW médios e os 4.908 MW médios restantes por inflexibilidade.