Na primeira reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi realizado um balanço de 2019. Assim como a Agência CanalEnergia já havia antecipado, houve uma expansão acima do esperado no volume de geração acrescida no país. O número reportado pelo grupo diferiu do apresentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica na semana passada. De acordo com comunicado do colegiado que ocorreu nesta quarta-feira, 8 de janeiro, ficou 39% acima do esperado.
No período, foram acrescentados 7.331,23 MW com o total de 137 usinas. Para 2020 a expectativa é de que o Brasil veja o incremento de sua matriz em 4.998,32 MW.
Foi avaliada também a expansão do sistema de transmissão, que finalizou o ano com 8.889 km de novas linhas de transmissão e 12.605 MVA de capacidade de transformação na Rede Básica. Para 2020 são esperados 9.325 km de novas linhas de transmissão.
Somente no mês de dezembro, a expansão da geração e da transmissão ficaram em 415,91 MW de capacidade instalada, 205 km de linhas de transmissão e 322 MVA de capacidade de transformação.
Em seu comunicado divulgado na noite desta quarta-feira, o CMSE destacou a garantia do suprimento no ano 2020 ao afirmar que há recursos energéticos disponíveis, inclusive além dos montantes já despachados de usinas termelétricas. E acrescentou que, em função das avaliações prospectivas apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o grupo considera importante do acompanhamento permanente das condições de atendimento.
De acordo com a análise dos dados, observou-se no mês de dezembro precipitação acima da média histórica na bacia do rio Paranapanema e no trecho incremental à UHE Itaipu. Contudo, nas demais regiões de interesse do SIN houve anomalias negativas de chuva. Com isso, a energia natural afluente (ENA) bruta, fechou o ano passado com valores abaixo da média histórica em todos os subsistemas.
Ao final de dezembro foram verificados armazenamentos equivalentes de 20,1% no sudeste/centro oeste, 29,9% no sul, 37,9% no nordeste e de 15,1% no norte. Para o final do mês de janeiro nesses subsistemas a expectativa é de alcançar 22,2%, 28%, 42,2% e 19,6%, respectivamente.
Sendo assim, “o balanço comparativo entre oferta e demanda, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e conforme consta no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), há indicação de sobra estrutural para atendimento à carga do SIN em todos os cenários avaliados, no horizonte até 2029”, encerrou o comunicado.